Revirando Latas

[Saskia Verso]

Para o carro eu to atravessando
Avenida à noite, madrugada à dentro
Tapinha não quero, pó me deixar quieto
Vivo cocando meus problema pra me deixar pronto
Segue o baile que eu to passando
Pode latir que eu to passando memo
Vaza logo q eu não tenho dono
Vou revirar o lixo
Pedigree pra mim é pouco e hoje eu to com sono

[Matheus Coringa verso]

Mano eu tô com fome
Não mexe comigo
Eu vou na jugular
É melhor não ter conflito
Pitbull sem raça
Nem adestramento
Criado com briga
Pra ser violento
Sangue no canino
Ódio gеnuíno
Mas é pelo certo
Não mexе que tá lindo!
Sempre chei de pulga
Nunca atrás da orelha
Não confio em ninguém
E da mole que eu te cato
Donos são psyco
E As dona quer filhote
Mas eu nasci nas ruas
Pronto pra dar bote
Nos é grande porte
Alguns ainda tem sorte
Bondade é ter uma casa?
Existência rasa
Podia dar amor
Mas no fundo não compensa!
Talvez Raiva é minha doença!
Humanos rejeitam o que eu sinto
Malditos
E eu não sei o que cês pensa

[Saskia Refrão]

É que eu to com raiva
De pinguço fascista
Que sempre me da bica
Mas eu nao largo o osso
Corrente nao segura
Sao poucos que me atura
E muitos que me escracha
Memo tando quase morto
É que eu to com raiva
De pinguço fascista
Que sempre me da bica
Mas eu não largo o osso
Lidar com as ferida
Faz parte da minha raça
Me curo com a saliva
Que gasto nesse verso

[Saskia Verso Final]

Viro a paulista cheiro de pf
Viro o pf vida vira-lata
Um, dois e tu nem me viu
Sou caramelo sou do brasil
Eu não conheço quem me pariu
Meu dia começa mais tarde
Mas eh bem mais cedo que a fome bate
Não conto mais com a minha sorte
To esquivando da morte
Tenho mais sede que o pote
Tenta prender na coleira
Vai provar a saliva da cólera
Exala esse medo pra eu fareja
Rosno mas não mostro a língua
Sou dono da rua
Nao vai passar