Primeiro single para o próximo disco de Marcelo D2, o álbum visual Amar É Para os Fortes, previsto, inicialmente, para o segundo semestre de 2017, mas atualizado para o segundo semestre de 2018. O novo álbum sairá após cinco anos desde Nada Pode Me Parar (2013) e marcando os 20 anos após o seu debut...
[Intro]
Esse cara nasceu pra isso
Você sabe o quanto ele lutou por tudo isso?
Resistência, a banalização, pessoas de baixo, artistas que não fazem arte
Ter, acima do ser, a procura vale mais do que a batida perfeita
[Ponte: Hélio Bentes]
Essa é a história de um mulato brasileiro
Da malandragem aqui do Rio de Janeiro
Preste atenção no nosso conto, vê se não dorme no ponto
Essa canção que a gente vai cantar primeiro
[Verso 1: Marcelo D2]
Busco nos mais velhos dos terreiros e tambores
E assim fico mais forte, enfrento medos e minhas dores
No mundo de dinheiro, não se tem mais valores
Nos separam por classe, cores, escravos e senhores, é
Conquistar o meu espaço, eu olho pro futuro sem esquecer o passado
Quem se rebaixa a si mesmo, quer ser é elevado
Nos querem de humildes para sermos humilhados
A rua cobra, e como cobra
Mas ajudar, que é bom, ninguém ajuda, é foda
Tu gosta de dinheiro, né?
Carro importado, pulseira de área VIP e uma puta do lado
Eu vou é de Ciata, velha guarda da Portela
Falo de João do Vale, de Zé Keti e Manacéia
Falo de coisas simples, falo do meu lugar
Eu falo do meu povo e da cultura popular
Vai vendo
[Refrão: Hélio Bentes]
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Sigo o movimento que pra mim é natural
De resistência cultural
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Sigo o movimento que pra mim é natural
De resistência cultural
[Verso 2: Marcelo D2]
O bicho pega mesmo é aqui na selva de pedra
Te empurro o lixo deles, abraçou? Já era
Te tornam militante com medo de militares
Cagam na ideologia e joga a ética pros ares
Sou moleque sinistro, entrego meu suor
Pelo que eu tenho visto, só vai de mal a pior
A paciência é curta, a ignorância é tanta
Cê até mata um leão, mas não foge das antas
A rua cobra, e como cobra
Mas ajudar, que é bom, ninguém ajuda, é foda
Nas ruas desse mundo eu só quero andar
Toda vez que eu dou um passo, o mundo sai do lugar
Buscar na sua própria vida a matéria prima
Eu posso até cair, mas dou a volta por cima
Como a chama na lenha, eu me inflamo e consumo
O que eu toco vira luz, deixo o carvão em fumo
E canto
[Refrão: Hélio Bentes]
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Sigo o movimento que pra mim é natural
De resistência cultural
Eu luto e não me rendo
Caio e não me vendo
Não recuo nem em pensamento
Sigo o movimento que pra mim é natural
De resistência cultural
Resistência Cultural (single) was written by Siba Veloso & Hélio Bentes & Marcelo D2.
Resistência Cultural (single) was produced by NAVE Beatz.
Marcelo D2 released Resistência Cultural (single) on Fri Mar 31 2017.