[Verso 1]
Perdido no tempo
Meus relógios atrasados
Amores em colapso
São fios desencapados
Tente me ver agora
Mas não tente me vendar
O meu sorriso não tem um real motivo
Pra se expressar
Nadando no raso
Dentro de um aquário
Jovens sem fontes
A se domesticar
Minhas influencias
Vendem morte
E minha pertinência
Eu cravo no olhar
Vou fugir pra onde
O que me rodeia
Se denomina lar
Não é mais um lugar bom pra morar
Dentro é escuro
Já não há muros
Mas as barreiras
Começam a berrar
[Refrão]
Não é só o vento la fora
Senti uma tempestade
Isso incomoda
Mas não me acomoda
Sobrevivendo de boas prosas
[Verso 2]
Não sei comprar ninguém
Não sei agir como agem
Não sei quem é refém
Hoje eu sei criar coragem
Mas até aonde a coragem vai me levar
Seria isso uma coisa boa?
Não sei se devo pular
Ou só rir atoa fingir que tá de boa
Em um universo
Onde o valor se troca
E não há o que reclamar
Quem imagina a dor de um tiro
Tem o que se perguntar
Corre o perigo quando uma criança corre
Quais são as chances de se machucar?