Rastro de Cianeto

[Verso 1]
Alma parcelada em quatro vezes
Fique rico, fique louco e morra em doze meses
Auto-ajuda é na outra sala, aqui é gestão de danos
Fique bêbado e agrida alguém do Los Hermanos
Ló-ló-lógicas, mó-mó-mórbidas, Deus abençoe
Felipe Castro, rastro de cianeto
Novo Van Gogh, beija minha obra
E se essa porra dessa vida cobra, eu sou o boleto
Sádicos agora são intrísecos, descrentes são bíblicos
Não pegue no sono, jovem
Talvez cê não note agora, mas o mundo é um dormitório
Que cê divide com Suzane Richtofen
Doze badaladas de um relógio, ponteiros nada sóbrios
Porra, como o tempo voa
Novas cinderelas dispensam charretes, chamam uber
Querem foda, junkie e ganja da Gamboa

[Refrão]
Sí-sí-sílabas, cé-cé-cérebro, sú-sú-súplicas
Eu vou roubar seu sossego
Se pisar no meu vans
(Puta merda, puta merda, nego)

Sí-sí-sílabas, cé-cé-cérebro, sú-sú-súplicas
Eu vou roubar seu sossego
Se pisar no meu vans
(Puta merda, puta merda, nego)

[Verso 2]
Louco numa subway com minhas amigas lésbicas
Rindo de MCs que apenas soam como réplicas
Rindo de nós mesmos sob efeito das sintèticas
Ironizando santos pelas nossas bocas céticas
Gracias madre, és mi madre linda
Muito amor, cumplicidade, nunca houveram crises
Eu cresci muito adorado por mi madre linda
Tão amado quanto Obama no quartel do ISIS
Má-má-mágica, mí-mí-mística
Deus abençoe Felipe Castro, pode abrir a cortina
Eis aqui a porra do espetáculo
Avada kedavra, e pau no cu da Sonserina
Anjos pouco lúcidos, fãs viraram súditos
De quem veste carapuça ou carapaça
Então agora virei corretor de imóveis
Desejo que cês vão morar na casa da desgraça

[Refrão]
Sí-sí-sílabas, cé-cé-cérebro, sú-sú-súplicas
Eu vou roubar seu sossego
Se pisar no meu vans
(Puta merda, puta merda, nego)

Sí-sí-sílabas, cé-cé-cérebro, sú-sú-súplicas
Eu vou roubar seu sossego
Se pisar no meu vans
(Puta merda, puta merda, nego)