Dia 24 de junho, madrugada de sábado
As vozes... Elas... Elas não param
Elas simplesmente não param
Olhe dentro dos meus olhos e veja se você consegue enxergar alguma coisa
O tormento frequente na míngua que você se esconde veio visitar você hoje
Essa pele macia não existe, você vê o reflexo de algo fruto do teu poço
Se prepara porque o baque é forte e talvez você morra explodindo por dеntro, tudo podre
Aprendi a me virar sozinho, aprovеitar a loucura enquanto eu partia esse corpo
O que eu faço depende do dia, minha pálpebra corta nos fragmentos do meu rosto
Eu tenho uma rotina assassina, consiste na vítima não respirar antes das 8h
Essa vadia diz que mataria e não dorme no escuro porque eu me esguio na noite
Me conta tudo da sua vida como se eu tivesse interesse nessa merda toda
Só fala de sexo, amigos, baladas e festas, mas pira quando vê um morto
Que vida medíocre de merda, deixa que eu dou um fim e acabe com esse sufoco
Tanto faz o que fez nessa vida, a catástrofe é a única coisa que excita meus lobos
Pergunta porquê sou assim, porque o abismo me quis e com ele eu não faço descaso
Olhei de volta pra aquilo e senti me consumir, não teve mais jeito e nem rastro
Olhei de volta pra aquilo e encontrei na figura fodida, a porra de um palhaço
Não pode mudar esse circo, as ruínas caindo e a morte surgindo em abraços