Ah, prisma noir
Íris de fúnebre olhar vagões a vazar
Dourados no breu
Delírio meu farpas lascar
Ah, ver crepitar
Gotas de fogo no ar valsar no salão
Pés a deslizar
Pela ilusão de imaginar
Corvos no altar
Círios azuis cheiro de luz
A cruz daqui
Prisma noir me faz sorrir
Quanto mais sangue
Me escorre das veias
Mais sangue eu tenho pra dar
Quanto mais torpe
O cantar das sereias
Mais cândido eu posso escutar
Voar feito pavão
Ou carcará tanto se dá
Virar mundo às avessas com lances de olhar
Só pra dizer que prazer
Hoje as nuvens
Fazem teatro no céu pra mim