Pois de todas as formas o capital te dá um tiro
Porque é ele quem faz o mundo dar os seus giros
O desperdício é compulsivo, esperar a chuva cair pra lavar a rua não é difícil
Desde que eu vivo, eu aprendi que a coisa muda
Experiência e aprendizado não se escondem só nas cicatrizes, barbas ou rugas
Nas sangue-sugas eu piso, debaixo da ponte...
Eu deslizo
Evitando os freak rico ou morra tentando
Porque exercícios mentais entendiam os mais noviços
Se a poesia está nos ventos como os gases nocivos
Que penetram a carne aberta e que infecta
Muita rima e pouca poética
Pichação é arte contemporânea
Vai além de letras momentâneas
Grafite como medida para as medianeiras
Artistas escondidos no subsolo da América
Atento com a tecnologia bélica e as inteligências artificiais
Vejo tudo sobre o futuro do mundo, através da janela do absurdo
Cuidado com o histórico
Print não some, print não some
Cuidado com o histórico
Print não some, print não some
Cuidado com o histórico
Print não some, print não some
Cuidado com o histórico
Print não some, print não some
Navegando em páginas anônimas
Limpando o histórico
A leveza das placas tectônicas
Destruindo todas as cidades-dormitório
O ruído do vinil tocando no coração do Brasil
E os pássaros ressoando a ressaca dos rios amazônicos
Realmente acontece uma ressonância magnética naturalmente
Acredite se quiser
Nossas raridades inconfundíveis
As mulheres do acarajé não são invisíveis
Como as discussões que são feitas pelas relações estreitas
Através das janelas inbox
Conversas printadas se transformam em documentos
Abreviados se chamarão docs
Novos lotes de robôs autônomos que precisam apenas um sinônimo
Para montar um coral eletrônico, que fica repetindo que a obsolescência
Don’t stop, don’t stop
Cuidado com... Porque print não
Print não some, print não some
Cuidado com... Porque print não
Print não some, print não some
Cuidado com... Porque print não
Print não some, print não some
Print não some, print não some
Cuidado com o histórico, print não some