Esta música admite um certo carácter narrativo, traça a viagem da “luz” (que simboliza a sabedoria, a arte, a cultura) e simboliza a própria viagem de Valete nestes últimos anos.
Numa publicação de Facebook, Valete afirma:
“Li muito, estudei muito, viajei muito também. Essas viagens físicas e liter...
[Letra de: "Poder"]
[Intro: Guilherme Filipe]
O ser humano sempre teve necessidade de criar luz
E a luz sempre foi sinónimo de progresso, inspiração…
[Verso: Valete]
Numa noite fria, há sete mil séculos
No norte da Turquia, na atual geografia
Cheio de euforia, depois de apanhar alguns insetos
Um Homo Erectus corria atrás de um pirilampo
Repousou depois de duas quedas
O pirilampo pousou entre duas pedras de sílex
O pirilampo começou a acalorá-las
A purificá-las e a seguir a iluminá-las
Já perto das pedras e muito inquieto
O Homo Erectus resolveu friccioná-las
No meio da bruma noturna e da excitação
Juntou bem perto de si alguma vegetação
Friccionou até que sentiu o desafogo
Primeira vez que um ser produzia fogo
(Segue a luz)
Foi com fogo na lareira
Que Sidarta Gautama meditou noites inteiras
Conhecido por Buda o Iluminado, iluminou
Tentou salvar o nosso mundo abominado (luz)
Dizia que tínhamos sido fulminados
Pelo individualismo que ainda nos tem dominado (luz)
Platão era um estudioso de Buda
Como Buda dizia que quando mudas, tudo muda
Deixou mestria, na história da filosofia
Imensa sabedoria na ‘Alegoria da Caverna’
De costas para a luz nunca terás alforria
A tua mente será sempre sombria e subalterna
Como a mente dos maldizentes de Copérnico
E do Heliocentrismo que foi considerado blasfêmico
Conhecimento sem fundamento científico
Para Copérnico era embrutecimento excremento académico
O mesmo dizia o iluminista
Rousseau o humanista, e a rebeldia reformista
A verdade é a conquista me'mo contra a monarquia
Questionar o estabelecido mesmo que seja heresia
Como fez Thomas Edison, o inventor
Sempre em experimentos, a testar e a analisar
Persistente, até descobrir o filamento
Que permitiu globalizar a lâmpada incandescente
Lâmpada que fez de Moscovo luminosa
Onde Tolstói dedicou ao povo a sua prosa
Dizia: quando praticas filantropia
E sempre que és inspirador tu crias luz
Quanto mais luz mais atratividade
As pessoas querem 'tar perto da luminosidade
Normal querer luxo e querer enriquecer
Mas só quando tens luz é que tens Poder
Poder para guiar multidões e eliminar
O obscurantismo com a arte de iluminar
[Refrão: Loromance]
Dá-me mais de ti, dá-me mais
Dá-me o teu coração mano, e os teus ideais
Estamos perdidos, ninguém nos conduz
Tu és o nosso líder és a nossa luz
Dá-me mais de ti, dá-me mais
Dá-me o teu coração mano, e os teus ideais
Estamos perdidos, ninguém nos conduz
Tu és sol, tu és luz!
Dá-me mais de ti, dá-me mais
Dá-me o teu coração mano, e os teus ideais
Estamos perdidos, ninguém nos conduz
Tu és o nosso líder és a nossa luz
Dá-me mais de ti, dá-me mais
Dá-me o teu coração mano, e os teus ideais
Estamos perdidos, ninguém nos conduz
Tu és sol, tu és luz!
[Outro: Guilherme Filipe]
Sempre que tu és magnânimo, sempre que és inspirador
Tu estás a produzir Luz
E as pessoas querem estar perto da Luz
Por isso quando produzes Luz tu atrais pessoas
E quanto mais altruísta, quanto mais inspirador tu fores
Mais pessoas querem estar perto de ti
Mais pessoas te querem seguir
Esse é o verdadeiro Poder, o Poder da Luz
Muita gente pensa que dinheiro é poder
Mas pessoas que verdadeiramente conseguem influenciar
E guiar outras pessoas são os génios, os filantropos, os criadores de Luz
E mesmo quando tu morres, a tua Luz fica, fica o teu legado
Como ficou a Luz de Buda, a Luz de Tolstói