Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
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Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho
[Verso 1]
Senhora de preto
Diga o que lhe dói
É dor ou saudade
Que o peito lhe rói
O que tem, o que foi
O que dói no peito?
É que o meu homem partiu
Disse-me na praia
Frente ao paredão:
"Tira a tua saia
Dá-me a tua mão
O teu corpo, o teu mar
Teu andar, teu passo
Que vai sobre as ondas, vem"
[Refrão]
Pode alguém ser quem não é?
Pode alguém ser quem não é?
Pode alguém ser quem não é?
[Verso 2]
Seja um bom agoiro
Ou seja um bom presságio
Sonhei com o choro
De alguém num naufrágio
Não tenho confiança
Já cansa este esperar
Por uma carta em vão
"Por cá me governo"
Escreveu-me então
"Aqui é quase Inverno
Aí quase Verão
Mês d'Abril, águas mil
No Brasil também tem
Noites de S. João e mar"
[Refrão]
Pode alguém ser quem não é?
Pode alguém ser quem não é?
Pode alguém ser quem não é?
[Verso 3]
Mar a vir à praia
Frente ao paredão:
"Tira a tua saia
Dá-me a tua mão
O teu corpo, o teu mar
Teu andar, teu passo
Que vai sobre as ondas, vem"
Pode alguém ser livre
Se outro alguém não é
A corda dum outro
Serve-me no pé
Nos dois punhos, nas mãos
No pescoço, diz-me:
Pode alguém ser quem não é?
[Refrão]
Pode alguém ser quem não é?
Pode alguém ser quem não é?
Pode alguém ser quem não é?
Pode Alguém Ser Quem Não É was written by Sérgio Godinho.