[Verso 1]
Ontem como hoje há duas sombras na cidade
Em sentidos contrários com vontade de se encontrar
O que uma quer por p'a trás das costas, a outra quer atirar à cara
Ambas em margens opostas a ver dançar as luzes na água
A primeira que deixar de achar respostas vai forçar o tal diálogo
Falar a olhar p'as mãos p'ra que os olhos não digam "Fazes-me falta"
Tu levaste-me tudo ao ponto de nem conseguir dar parte fraca
E se ainda não te basta não sei o que é que 'tás à procura de achar
Ver que do sítio que só tu tens a chave ainda 'tá tudo como lá tu deixaste?
Ou chegares à conclusão que não são tuas as marcas dos lábios na chávena?
Mas sabes, por mim 'tás à vontade
Entre as duas escolhe a que mais te ajudar
À tua pala de umas quantas ruas eu conheço as casas sem nunca lá sequer ter entrado
Acreditei que um dia alguma delas seria nossa
E no que imaginei decorei cada parte como tu gostavas
Eu juro, um dia tiro as placas
Juro, um dia tiro as placas
P'ra veres a atenção que te dava quando a gente falava a expor a alma com as mãos dadas
Até lá
[Refrão]
Desculpa se eu não sei dizer adeus
Talvez um dia te confunda e convença que é o meu silêncio
Eu acho que nunca vou olhar p'ra ti e não ver o mesmo
A ti tudo por tudo e por nada, p'ra todo o sempre
Desculpa se eu não sei dizer adeus
Talvez um dia te confunda e convença que é o meu silêncio
Eu acho que nunca vou olhar p'ra ti e não ver o mesmo
A ti tudo por tudo e por nada, p'ra todo o sempre
[Verso 2]
Sempre que partires diz-me p'ra onde vais
Caso algo falte no caminho eu possa ir lá dar
Custa a admitir mas eu nem sei o que dói mais
Ver-te triste, ou da tua felicidade eu já nem ser a causa?
Eu só quero o melhor p'ra ti, e
É duro sentir que o melhor de mim não chega p'ra isso
Sei que imagens valem mais que mil palavras
Fiz figuras ao tentar calá-las e não conseguir
Dizem p'ra partir tudo isto
Que me faça lembrar de ti em cada sítio
É uma espécie de maluquice ou masoquismo
Cada vez que cismo ficar preso neste ciclo
Quem é que aqui 'tá certo ou 'tá errado?
Quando sinto que só defino o que não aprenderam com os termos que me ensinaram
E o único medo que tenho é um dia pensar igual
Mesmo que saiba que esse pingo de vaidade, quando tudo vai por água abaixo, de nada vale
A verdade é que eu 'tou cheio, cheio de sentir a tua falta
Há um vazio a preencher tudo o que eu sou
A verdade é que eu 'tou cheio cheio de sentir a tua falta
Há um vazio a preencher tudo o que eu sou
Ouço o silêncio aos berros dentro da minha alma e dou em louco
Quando o oco dela grita em eco o que não devia com mais força
Seja onde for não sei se existe outro pedaço de solo onde brotem essas flores que tu escolhes
E cada vez que passas por mim não há uma vontade que não seja fazer caber isso que imaginas na moldura dos teus olhos
[Bridge]
Eu sei o que me espera quando a festa termina
Depois de esgotarem as bebidas e partirem as garrafas
A ponta dos teus pés sobre os meus e agarrada nos meus braços
P'o prazo da eternidade a gente dança assim descalça
Depois de esgotarem as bebidas e partirem as garrafas
A ponta dos teus pés sobre os meus e agarrada nos meus braços
P'o prazo da eternidade a gente dança assim descalça
[Refrão]
Desculpa se eu não sei dizer adeus
Talvez um dia te confunda e convença que é o meu silêncio
Eu acho que nunca vou olhar p'ra ti e não ver o mesmo
A ti tudo por tudo e por nada, p'ra todo o sempre
Tudo por tudo e por nada, p'ra todo o sempre
Placas was written by Deau.
Placas was produced by Sickonce & Diogo Lima (PRT).