[Verso 1]
Vida é uma pirâmide, eu vejo e entendo
É unânime o beijo da sorte a um crente
O meu ânimo apaga e acende no crânio
E a conta do banco decente
Meu pânico é acabar em frente a uma porta no topo
Com o money no bolso sem ter dito nada de mim ao meu povo
Canção badalada, mas deram as doze
Amanhã de manhã, vira amargo o que é doce
Agora tu aproveita, já foste tão pisado lá em baixo
Que agora chegou a tua hora de pisar
Contrabaixo não é só um instrumento
Agora também podes vê-lo como um lifestyle
Basta praticar desenrolando fios desse novelo
Vais entrar no baile, vais-te fatigar
Ninguém manda um tuga abaixo
Como o próprio tuga numa espelunca nice
Nós alcançamos o topo tuga
E ficámos a querer que ninguém suba mais
Nós que começámos do chão, e lá acabaremos
Esquecemos dos alongamentos
Ganhámos a ruga dos entes pequenos
E agora essa ruga vai-se
[Refrão]
Deus nos ajude com as falhas na nossa visão
E guie quem sobe p'ra essa divisão (Não é)
Pois bem, desse clube, eu assino a minha rescisão
Pagar essas contas não é cumprir a minha missão (Não é)
[Verso 2]
Yeah, todo aquele que atinge o topo
Me'mo que uma esfinge se aflige igual
Que o sol quando brilha, brilha p'ra todos
Tal como calha a cama de hospital
Tu olhas p'a cima, p'a quem manda o clima
Mas se o prédio 'tava na horizontal
No final do dia, na me'ma gravilha que tu cais de cu
Porque também és animal, é tão fundamental
Lembrar que é irracional, mandar abaixo os outros
Porque 'tás-te a sentir mal (Boo-boo)
Tudo é tão normal, há um ciclo vicioso
Também pagas no final (Please)
[Refrão]
Deus nos ajude com as falhas na nossa visão
E guie quem sobe p'ra essa divisão (Não é)
Pois bem, desse clube, eu assino a minha rescisão
Pagar essas contas não é cumprir a minha missão (Não é)