Seja incapaz ou seja perito
No fim o maldito destino se existe joga contra revida desponta
Conserta o acerto transforma em equívoco
Corrige e confirma o erro desgrama com a vida
Ponta a ponta compete ao faminto comer e inventar o alimento sem deixar pra trás
O motivo que o faz levantar e chorar ao cair e tomar um remédio pra poder melhorar
E de novo adoecer
Sobrevivendo soltando pipas logrando êxitos
Buscando o melhor lugar na fila
Trocando pele e doenças sem febre
Ou queimando por dentro a superfície derrete
Caveira contente pulando na festa soldado trotando pro sudeste
Se tiver sorte no sul da cidade
Orgasmo completo nas fotos
Parece um cometa no vídeo
É sucesso é amor é leveza coragem andar de mãos dadas na mira de um caça treta
A cobertura o meu topete a foto do oriente na parede shiva e um cartaz “la dolce vita” um piano alemão e a coleção de canivete
As memórias de viagem pra Ibiza uma colmeia uma pulseira prateada da Indonésia
Um chumaço de cabelo do sansão um cabo de aço que subiu a estação
De trem que sucumbiu no outro verão
A máscara do jason um pedaço da costela do marilyn manson
Um detalhe do azulejo da igreja do império que caiu um raio de sol que iluminou o brasil
E apagou no segundo em que a última gota secou na torneira do homem mais rico o dono das fontes nascentes bandeiras fincadas
Eu o último velho cansado eterno proprietário privado profeta dos fósseis acumuladas verdinhas colheitas no bolso especula o passado confetes de um carnaval onde o rei momo era magro desnutrido branco azedo e pálido