Pela Ms

[Verso 1: Krayy]
Não confundas o Ne-yo fico closer das balas mas não me acertam
Para acertar o passo a rappers que ainda não me percebem
Matrix Loma connection cada punch é aggression
Rapper de sonho no sonho dos rappers boy sou inception
Complexo como o Christopher Nolan
Krayy season é o slogan
Tu és freezer so Goan
Para ti uma prison é boa
Para teres barras finalmente quando a métrica mente
Os ouvintes não vos analisam milimetricamente
Mas eu tiro-vos as medidas é um facto
Que rappers são mais modelos do que o Isaac alfaiate
Muitas offers para affairs muitas blayas meme a verеs
Basta só gritar um woo damas mais dirty's que o ric flair
O game não tá fair silêncio aqui joga o Fedеrer
Passem me torcha margem que eu estou pronto para correr
A questão não é ser ou não ser é ainda está para nascer
Um rapper com 16 barras que a mim me faça tremer

[Verso 2: Kulpado]
Se é pela margem não posso dizer não
Kulpado é um selvagem tou pronto pra confusão
Eu comecei puto antes do público tava no palco
Tu tas a queres vir dar pa boss mas cheiras a pó de talco
E eu espero que tu saibas o que aí vem quando eu me empenho
Limpa-me esse ranho isto é apenas um dia de treino
Posso ser um rei sem coroa mas a margem é o meu reino
E ninguém acha estranho por um lobo a cuidar do rebanho
Shame on you não rimas um pintelho
Merda é só merda mas diz isso ao escaravelho
Vêem-me e a javardar na garrafeira e a esquecer-me da carteira
Tu não queiras que eu queira por o código no vermelho
Sou memo kulpado como tal não sou suspeito
Permanentemente insatisfeito não entendem o conceito
3 murros no peito e depois vai tudo eito
Se te pões a jeito tas sujeito ta feito

[Verso 3: Mura]
A minha caneta é uma Beretta pela intensidade
Já brinco desde 2004 e nunca me senti forçado
Lancei o primeiro disco e fiquei vinculado
Don’t fuck with me sou mais do que assado
Hoje corre as maravilhas como as nossas linhas dope depois um pof
Deixa tar que a cultura manda o props
Não houve sorte só suor no meu porto
Onde crio com conforto mas tão frio
Porque as vezes sabe a tão pouco
É um atrofio como o meio é tao podre
E eu sendo assim tão fora não encaixo
Não o te atrofies com um gajo
Por não me apanhares em todo lado
Aquele Pokémon raro
No gozo mas na verdade por ser um bicho do mato
Virei um rato no lab um master
Porque tenho a minha identidade no rap
One tap com a intensidade do pepe
Isto ms com rap que tem mais vontade
Tu esquece....

[Verso 4: Pestana]
Ayo vindos do vazio, tou em Cacilhas a bazar e sinto o frio, pele grita em arrepio, desde quando me tornei o ser estranho, que prefere ficar no meio do seu conforto, sem planos de aventura, velho do Restelo no central á mesma altura, o assobio na tua rua depois dum dia de trabalho, tou morto mas no rosto trago o esgar, de quem vive para voltar com vontade de nunca repetir o acto, fico mesmo aqui ao lado, no meu milénio sagrado, anos de ouro são todos, mesmo com dias prateados, se queres cobre e de latão o teu legado, e se o achas nobre, não venhas para este lado, descobre, o mar que nos separa e um rio que chora, desde o nascer implora não ser barreira mas união, juntar povos em saudação antes repeli meus pares em discussão, agora faço nos o o favor e dou te a mão

[Verso 5: E.se]
Estou a trazer conceitos não ideias
Margem sul é wolfpack, wolfgang, como o Tyler, sem barreiras
Na criação eu sei não te assemelhas
É inspiração, ao procurares no Tejo algo que te espelhe esta alcateia
E desde a infância que eu passo, tudo o que vejo em contraste
Dizerem que é mérito claro, o que é privilégio de classe
Quando começas com tecto, com basto, comida, conforto, agasalho
É fácil achares que ganhaste, se não te educaram a olhar para o lado, sabes?
Com mais rajadas que a boca do vento
No silêncio, sente as almas gastas no seu sofrimento
No cimento, aguardam pelo cais, rezam em segredo só por um momento
De sossego enquanto vão no barco pro segundo emprego
Não é ser só underground, é underrated
É ser a margem sub, mas é para ti que toca o Undertaker
Sete palmos do conteúdo puro nestas veias
Não percas postura, até na sepultura tens plateia

[Verso 6: GriLocks]
Vejo patetas com paletas sem patentes do que criam
Marionetas hoje vivem de um Rap que tão mal diziam
Se eu não me calasse e eles não chupassem, não subiam
Que eu assisti à História que eles se batem mas nunca a viram
Chama-me Universo, só estrelas ao meu redor
Tudo mais hardware mas Margem-Sul sempre hardcore
East to the West, it’s a tweety past four (4:20)
Meu Beef é com o sistema tudo o resto é folclore
Não me avalies eu não preciso que tu valides
A ideia é sermos livres e abrir mentes pelos ouvidos
Hoje há mais pausas do que causas, Rappers convencidos
Eu estou-me a foder para ti só me preocupa os teus filhos
Ligado ao planeta, esta caneta são cristais
Sereno pela Margem, nuvens de fumo, são sinais
Eles querem patrocínios, meus tópicos são sociais
Eu crio um novo Mundo para quem acha que está neste a mais