Paranoia

[Verso 1: Ber]
Chego em casa bem louco
Várias balas fritam o coco
Os cães na sala, a casa um lodo
Garrafas espalhadas, que comece o jogo
Hoje eu trouxe três minas
Com muito fogo, anfetaminas
Mas eu queria descansar
Essa porra ainda pode me matar, eu não quero mais usar
Uma delas pega no meu pau e muda o clima
Beijando minha boca ela já vem por cima
Diz que ama minha voz, esfrega sua vagina
A outra mina, já beija a sua amiga
Rebola no meu trap só de cinta-liga
Sem briga, pensamento evoluído
Libido, libido, cade a camisinha?
Não, diga, esquecemos de passar na drogaria
Lembramos só aqui na putaria
Já na instiga, ela chupa enquanto amanhece o dia
Já penso com o meu pau nessa orgia
Traz bebida pra bandida
Coração bate veloz, taquicardia
Sou o meu próprio algoz, que ironia
A mais branca, fina, adrenalina
Me sinto como Kurt ou Tim
Mal do fígado, com dor nos rins
Anjo caído ou um querubim
Será o início do meu próprio fim?
Faça figa, vida a vida na batida pervertida
Enlouquecida sem perder a mente
Inconsequente sempre consciente
Morra bem, viva rápido
A vida é breve, pleonasmo
Espasmo (espasmo), três eu rato
YOLO, sarcasmo
Meto a bala sem capa, meto nelas e dou um tapa
A vida é bela da sarjeta da minha sala com a escopeta
Conheço a vala, matrix com a bala
De tão louco a garganta trava
Eu perco a fala, telepatia