[Letra de "Paralelas"]
[Verso 1]
Dentro do carro, sobre o trevo a cem por hora
Ó, meu amor, só tens agora os carinhos do motor
E no escritório em que eu trabalho e fico rico
Quanto mais eu multiplico, diminui o meu amor
Em cada luz de mercúrio vejo a luz do seu olhar
Passas praças, viadutos, nem te lembras de voltar
De voltar, de voltar
[Refrão]
No corcovado, quem abre os braços sou eu
Copacabana, esta semana o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão
[Verso 2]
E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas em que foges do que é teu
No apartamento, oitavo andar, abro a vidraça e grito
Grito quando o carro passa, "Teu infinito sou eu"
Sou eu, sou eu, sou eu
[Refrão]
No corcovado, quem abre os braços sou eu
Copacabana, esta semana o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão