[Verso 1]
Para nunca mais sermos aquilo que fomos:
Desprotege-me de mim próprio e entrega-me a Cronos.
Enterra-me o trono: os tombos da sina.
E a crença que nos liga é a impermanência da vida.
Nos fados da ressaca há silêncio. pai, mãe,
Braços que nos abraçam e aquilo que vai, vem.
Frente às fontes do Bellagio, numa noite vaivém,
Numa opulência em que tu cais em...
Noites Brancas de Fiodor, os corpos sei de cor, são
Ardentes como Mordor e o amor não se explica.
Danças a Bjork ou são gotas do teu suor – só!
Levitam como o pó, depois da vida o que é que fica?
À espera que o tempo nos leve a nós,
A cada momento a que eu perco a voz…
Dona do medo em que eu espero a sós,
Enterra o veneno que fere os olhos.
Goya traz as coisas más,
Nada volta atrás, quão fugaz o que nos faz?
[Refrão x2]
Para ver Para dar
Para estar Para ter
Para ir Para ouvir
Para sorrir e entrar
[Verso 2]
No princípio eras o meu amparo de quedas,
O meu corpo desconstrói-se como quem mergulha em pedras.
O aroma do sono, as doenças do tempo,
Serão os corpos que dançam aqueles que choram por dentro?
E nós vivemos sob o escudo das palavras,
Tão frágeis como os ossos que nos fazem.
Tão falsas utopias que nos rasgam,
Tão baças como os sonhos que nos faltam.
E até que tudo voe: quantos anos?
Somos deuses, somos escravos ou somos ambos?
O meu pathos são guitarras: Lisboa dos Anos Verdes.
Tu dedilha a alma, calma, com a astúcia de Paredes.
Devaneios da beleza: os tópos do bréu.
A nossa alma tem dois corpos: o meu e o teu.
E para nunca mais mentir: sela-me a boca com as mãos,
E para nunca mais fugir: as inércias do coração.
[Refrão x4]
Para ver Para dar
Para estar Para ter
Para ir Para ouvir
Para sorrir e entrar
Para Nunca Mais was written by João Tamura.
Para Nunca Mais was produced by Rafxlp.
João Tamura released Para Nunca Mais on Thu Jul 27 2017.
João Tamura refere num post no facebook
“É uma pequena homenagem aos Ornatos Violeta, a banda da minha vida.
muito obrigado por tirarem um pouco do vosso tempo para ouvirem e partilharem as minhas palavras. significa muito, para mim.”