Os Observadores

Sempre penso em morte, sempre ouço essa voz
Selei um pacto jovem, envelheci logo após
Vivenciei a magia que se esconde na mente
Entendi que existem várias correntes
Quantas noites em claro, percepção alterada
Buscando o livro de Toth, versando ideia em ginásio
São estágios, que pra muitos é passado, só que eu ainda faço da calçada um palco

Combustão, droga e álcool
Tô sempre louco e pensando
Converso com demônios e questionando alguns anjos
As vezes falo sozinho, meu distúrbio é neutro, meu nome é LEGIÃO
Feto freak feito em fogo é fato o feito e a fé é o foco
Outra dose pois minha sede é demoníaca, mas não me confunda com o mal
Meus demônios são internos, sempre sinto potestades mas não luto contra espíritos

Porque eles me rondam, sei que eles estão observando
E não a nada a se fazer a não ser aceitar

Tá então me diz como é que faz
Pega a vela e os castiçais
Risca o chão com giz
Evoca a Goétia e os Djinns
Sempre foi assim desde de Salomão
Anjos pedem permissão antes de orar

Canções são portais de sinestesias dado ao homem pela audição
Cuidado com o que escuta
Vozes do além perturbam
Mas não quem faz delas canção

Ao cair de prédios anjos perdem asas
A vida se apaga, as cores viram cinzas só sobram estigmas
Resquícios de sorte, vestígios de morte
O devaneio do eterno na inconstância do tempo
Lamentos de erros, esperança pelo certo
Miragens em desertos sem ninguém por perto
Eu faço parte da Terra mas também sou o Sol

Exilados de Capela a espera da sentença, a vida a morte a crença, prazer e dependência
A existência o Karma, o Dharma o Nirvana a Samsara
A alma pede calma mas a vida nunca acaba
E para pensa vai, será que a única verdade é crença metodista dos seus pais ?
Existem vários caminhos, qual deles cabe você?
Você é manipulado ou busca se compreender ?

Por que eles te rondam, sei que eles estão te observando
E não há nada a se fazer a não ser aceitar