Os olhos do boi, da vaca
Mansos, na amplidão
Do campo que se destaca
No amanhecer do sertão
Os olhos do bezerrinho
Ao lado da mãe deitada
Que o lambe com seu carinho
É uma cena sagrada
Mas se no dia nascente
O sol derrama o seu ouro
Lá vai o gado inocente
Entrando no matadouro
Berro de animal aflito
Berro pedindo socorro
Vai o som para o infinito
Ecoando de morro em morro