[Verso 1]
Sucumbi temo na mesma
Se não te inseres no meu monólogo
É que eu pedi tempo de antena e tu sugeres um psicólogo
Tu queres um filho pródigo, com carta e eu nem código
Só empata e mata o próximo, sou um primata psicótico
Procrastino o meu destino até à data do velório
Veloz em paz, oh simplório
Sim que ódio do meu hobby
Deprimir e acenar ao óbito
Contracenar com poli personalidade em prol de ti
Traz-me um copo B
Há muito que eu larguei o shot
Vi-te só de fino a adulterar o cockpit
P'ra chocar contra o que sinto
E sem chorar em choque fico com uma trip
Só que digo que é trigo limpo
Enquanto gingo sujo na cevada gringo
Bruços é o que se nada em tinto, eu pinto a vida que eu não tive
Vivo a milhas do que rimo, nem partilhas do que pito
A dar corda às sapatilhas
Se apareço no teu cúbico sem apreço
Eu fico freak e não saio ileso deste beat
Se vês que fico a bater mal hoje mato a bic, mato o beat
É normal é o meu mata bicho, não 'tá fixe
Não me stresses, não há álcool
Ansiedade bate forte
Aos S’s pela cidade, não me conheces? Eu bazo logo
Um bafo, posso? É hipnose, bate tosse
No ar fico a voar como um passe p'ro Bas Dost
Basso no compasso troço a um bagaço nosso
Jogo ao braço de ferro com o meu baço forte
[Refrão]
Se eu saí ileso eu confesso que não
Só houve aí interesse até ter senão
Preso à prece, apressa peça a peça
Essa pressa intensa em me ver são
Isenção de tensão é intenção
É benção em extensão, ascensão
'Tão lavo a cara da terra será que sara da guerra?
Pára a ressaca dessa feição
Se eu saí ileso eu confesso que não
Só houve aí interesse até ter senão
Preso à prece, apressa peça a peça
Essa pressa intensa em me ver são
Isenção de tensão é intenção
É benção em extensão, ascensão
'Tão lavo a cara da terra será que sara da guerra?
Pára a ressaca dessa feição
[Verso 2]
Passo a passo eu meto dó
Flow chorado, pedrado, cético
Tipo quando me deixaste só lá no Parque Eduardo Sétimo
Não é da tua conta 'tou parvo em ter dado crédito
Sem fé eu não faço ponta sou um barco afundado péssimo
Meu Opus Magnum é o John Cage
Nunca me opus de facto
Eu vejo o diabo pálido debaixo do meu bocejo
Em parte o mártir do inferno de Dante eu divido a blasfémia
Vê-me a cair do céu p'ra divina comédia
Vivi na miséria sem artéria p'ra léria
Sou aquele que mesmo “Politeama” sem ser o La Féria
A tal séria conversa sobre a galdéria adversa
Maneira de eu lidar com o tempo é bactéria confessa
Tipo eclésia 'tão reza não pegues nessas lacunas
Que eu sou só álcool e música alter egos são tunas
'Tou todo cego só julgas merdas que no beat punhas
Não tens dentes p'ra comer ou roer o meu kit d’unhas
[Refrão]
Se eu saí ileso eu confesso que não
Só houve aí interesse até ter senão
Preso à prece, apressa peça a peça
Essa pressa intensa em me ver são
Isenção de tensão é intenção
É benção em extensão, ascensão
'Tão lavo a cara da terra será que sara da guerra?
Pára a ressaca dessa feição
Se eu saí ileso eu confesso que não
Só houve aí interesse até ter senão
Preso à prece, apressa peça a peça
Essa pressa intensa em me ver são
Isenção de tensão é intenção
É benção em extensão, ascensão
'Tão lavo a cara da terra será que sara da guerra?
Pára a ressaca dessa feição
Opus Magnum was written by xtinto.
Opus Magnum was produced by osémio boémio.
xtinto released Opus Magnum on Sun May 20 2018.
xtinto revelou no nuance podcast, em 2023, o seguinte sobre esta faixa:
Os versos são meus, a produção é do osémio boémio, a melodia do refrão é do benji e a letra é dos dois…e sou eu que a canto.