Olho Gordo

[Intro: Mundo Segundo]
Senhor, livra-me dos pesos da vida, sejam eles pessoas, pensamentos ou Olho Gordo

[Verso 1: Mundo Segundo]
Eu sempre fiz a minha cena e fiquei no meu canto
Estivesse eu a titular ou a aquecer no banco
Fora do raio de visão do patrão
Porque eu trabalho por gosto e pura satisfação
Eles rezam para que caias, na porta tenho Maias
À inveja que ensaias a aprová-las como Alfaias
Tu não embraias este Rap de primeira
Continuas em ponto morto imbuído na cegueira
Bruxas na fogueira, água benta já fui benzido
Sal grosso ao pеqueno-almoço é o meu prefеrido
Referido entre lendas, puto tu não me ofendas
Falta-me um parafuso, eu sou uma chave de fendas
Um alicate, uma caixa de ferramentas
A missão que levas a cabo: cabo das tormentas
Tu não me mintas… Eu sei que tentas
Quadro que pintas tem áreas cinzentas

[Refrão: Mundo Segundo]
‘Tá tudo à espera que tu caias… Em queda livre
‘Tá tudo à espera que tu saias… A inveja é o motivo

‘Tá tudo à espera que tu caias… Em queda livre
‘Tá tudo à espera que tu saias… A inveja é o motivo

[Verso 2: Mundo Segundo]
Já defumei o quarto, comi um dente de alho
E o alecrim, esse vai no terceiro galho
Uma figa de madeira, acendo um pau de incenso
Alfazema, cravo e cânfora, não mirra o que penso
Tenho um elefante com a tromba levantada
Colocado contra o mau olhado na porta de entrada
Toda uma parafernália de amuletos
Faço boletos, mas às vezes passo-me dos carretos
Se és do tipo mete o nariz onde não é chamado
Se és do tipo espalha brasas só para ser falado
Sinceramente, se é por isso tu fica calado
E só assim serás poeta com significado
Foi assim que o meu castelo foi edificado
Pois aqui nada foi dado tudo conquistado
Aqui é tudo de origem, não modificado
O Mundo não está perdido, só não quer ser encontrado

[Refrão: Mundo Segundo]
‘Tá tudo à espera que tu caias… Em queda livre
‘Tá tudo à espera que tu saias… A inveja é o motivo

‘Tá tudo à espera que tu caias… Em queda livre
‘Tá tudo à espera que tu saias… A inveja é o motivo