[Letra de "O Som" com Edgard Poças]
Eu sou o som, ninguém me vê
Eu vou voando por aí, aqui, ali
Eu vivo bem em qualquer canto aonde vou
Do grave ao agudo, tudo bem, eu canto
Apitos, sirenes, buzinas
O ronco dos motores, das turbinas
E das pessoas quando dormem
Do menor ruído, ao estrondo de uma bomba
Uma bronca, um elogio, uma jura, uma mentira
O que vier, eu canto
Eu sou o som da sua voz
Eu viro grito, um soluço, um suspiro
E dou o tom desta canção
De uma oração
E sei chorar e rir
Só não sei calar
Logo eu, que tenho a voz do trovão, dos ventos
Das ondas do mar, de todos os bichos, cochichos
Assobios, dos instrumentos musicais
Eu tenho até eco!
Como é que eu vou ficar quieto?
Virar silêncio?
Nem um pio?
É muito!
Vem amor, deixa eu cantar a sua música
O meu encanto não tem fim
Eu sou o som