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[Verso 1: Domini]
Sentir o peso da palavra mano é compromisso
Desde os tempos que eu via o meu lado um pouco indeciso
Correr por gosto, o faço sem ter posto
E sigo o oposto daquilo que pensas p'ra te queimar juízo
Chelas à Visa até ao segundo piso
Trago matérias que entopem artérias
Sem qualquer sinal de aviso
Olho para o rap como dama gostosa e faço sorriso
Da me caneta que de prosa faço poema conciso
Alívio a cada barra que eu dou
Como se descarregasse a raiva num papel e no flow
Meu broda Birro tamo junto neste verso dinamite
Perplexo com este Necxo a orquestrar o beat
E a palavra nos pesa, eleva o peso da balança
Que por mais que a gente corra na rima um gajo não cansa
É na esperança que eu digo nunca vacilo
Cheio de sílabas na pança que ingiro no meu asilo
Sempre com sede eu quero mais tipo Nilo
E grito Kumbaya p'ra Deus descer e ver tudo aquilo
Que me tornei pela palavra que vou traçando no livro
Seguindo os passos do Sensei que em mim tenho cativo
E só sei que pra isto vivo, todo amor pela arte
E dela nunca duvido, há muito ergui estandarte
Num mundo à parte eu fico quando lá fora verifico
Que tudo aquilo que acredito vai levando descarte
[Refrão]
O Peso da Palavra que não pára
Chelas à visa até ao porto meu brother
O Peso da palavra que não pára
Carregamos uma ferida que não sara
O Peso da Palavra que não pára
Chelas à visa até ao porto meu brother
O Peso da palavra que não pára
Carregamos uma ferida que não sara
[Verso 2: Birro]
Ey a palavra é sagrada desde o berço
Fiel a isso como beatas ao terço
Onde a minha jamais tem um preço
Educação princípios eu não esqueço o endereço
Suamos construímos como uma filha
Lutamos conseguimos organizados como guerrilha
Em que paço em falso pode mudar a corrida
Da mulher a viúva da brigida a falecida
Luxo abuso pode ter contrapartida
Da boa vida a despida da subida à descida
Perdida na droga e bebida até ficares sem saída
Vale Tudo quando tens de te fazer se a vida
Nem que seja trazer a luz a neblina
Com autodisciplina química como a toxina
Salvando vidas como se fosse penicilina
Mesmo exausto aqui a pilha é alcalina
Viciados na batida como cocaína na narina
Parece hormona na veia com tanta stamima
Estão a medir egos eu a pensar em versos
Fumo uns pregos enquanto vou para outros universos
Com contextos diversos e inversos
Com necxos sem necxos luta de sexos
Tou sem tempo para andar a desperdiçar tempo
[Refrão]
O Peso da Palavra que não pára
Chelas à visa até ao porto Meu brother
O Peso da palavra que não pára
Carregamos uma ferida que não sara
O Peso da Palavra que não pára
Chelas à visa até ao porto Meu brother
O Peso da palavra que não pára
Carregamos uma ferida que não sara
O Peso da Palavra was produced by Necxo.
Colectivo Beatologia released O Peso da Palavra on Fri Jul 31 2020.