O Mundo Não Cabe na Minha Bolsa

(Beli Remour)
Já cantei tristezas e quedas
Hoje canto vitórias, realidades e sonhos que vou conquistar de fato
O mundo não gira ao meu redor
Sem ego inchado
Prefiro o boca a boca do que caracteres afiados
Parado no ar tal libélula
Tente me pegar com as mãos e veja que me transformo em espinhos
Tente me derrubar e arque com as consequências
Moro no mar, onde canto felicidades emoções e amores sinceros
Sou elétrico, enguia
Furacão despejando destroços nos corações partidos
Mas refaço os lares e as rachaduras
Conquisto primeiro pro bairro e a firma
Depois me deito tranquilo, vivo, lindo, sem nenhum medo

Não é fácil
Mas um dia vai chegar
Não é fácil
Vou sem medo
O mundo não cabe na minha bolsa

(Makalister)
Eu vou adentrar a floresta e arrancar o couro, transformar em peça
Eu vou emergir pelo mangue
Toda tela que pinto é um banho de sangue
Meu instinto é assassino
Sobrevivo aos delírios da montanha
Pés firmes
Tudo que sobrou são as ruínas que habito
Surjo pelas rachaduras e encarno o limo nas paredes
A cidade dorme tranquila, eu perambulo sem medo
Pessoas migram de seus países
Buscando condições dignas pra ser feliz
Enquanto tu fica na web chorando por atenção como se fosse uma criança medíocre
Quando tu menos esperar eu vou brotar e acertar essa conta
Toda essa lambança não vai sair a preço de banana
Você vai sonhar comigo e sentir um nó na garganta enquanto largo mais uma no granito
Corsário
Meu coração
Fragata
Meu corpo e alma
Eu carrego essa farda encharcada de seiva
Descanso na relva
Lagarteio no sol
Me regenero
Não quero nem saber de balelas
Se está escrito nas estrelas ou cravado na genética
Vou alentar
Cantar com garra
Ateio fogo em blunts do alto do calvário

(Beli Remour)
Não é fácil, vou sem medo
O mundo não cabe na minha bolsa