[Verso 1]
Padre desculpe, mas o meu deus não é o seu
O meu deus ilumina, não deixa os fieis no breu
O meu deus não manda fazer a guerra
E em nome dele destruir a terra
O meu deus não envia passaportes para a morte
O meu deus não deixa cada um à sua sorte
O meu deus sonha com um mundo melhor
O meu deus sublime não provoca temor
O meu deus comunica diretamente comigo
Apoia a alma quando o corpo está ferido
Para si deve ter a linha ocupada
Diga ás beatas que a ligação está estragada
Elas que se masturbam em segredo
Num tarado de meia-idade não é esse o enredo
Visita a indonésia com mensagens de amor
Esquece as pessoas que sofrem em Timor
É normal, é o papa a coroar o imperador
Bárbaros, animais e infiéis não sentem dor
[Refrão]
Padre desculpe, mas o meu deus não é o seu
O meu deus ilumina, não deixa os fieis no breu
(x4)
[Verso 2]
O meu deus é real, defende a vida
Mas não quer ver no mundo criança que não seja querida
O meu deus não tem nenhuma cor
O meu deus ama seja que raça for
O meu deus não é homem ou mulher
O meu deus não alimenta lutas por poder
O meu deus não tem preferência sexual
Não é hetero nem homossexual
Representa igualdade de direitos
O meu deus não tem quaisquer preconceitos
É um feeling um estado de espírito
Vibração mais forte que qualquer rito
A igreja sempre foi castradora
Reação à inovação sempre repressora
Causadora de inúmeras mortes
Por medo de verdades demasiado fortes
Tirem-me tudo menos a minha Liberdade
De pensar, sentir escrever com dignidade
[Refrão]
Padre desculpe, mas o meu deus não é o seu
O meu deus ilumina, não deixa os fieis no breu