https://www.youtube.com/watch?v=mSl42w5_MyU
Ficha técnica
Produção: Dener Miranda
Edição e mixagem: Neurus
Letra e vocal: Lews Barbosa
Baixo: Gabriel Catanzaro (Aláfia)
Scratches: Dj Daimon
Capitação: Estúdio Kripta Sonora
Selo: Konclavi
[Verso 1]
Era uma vez, o macaco do sexto dia
Que já nascia sob o signo da rebeldia
Vivia pelos galhos da Árvore da Vida
Nem um pouco satisfeito com seu tipo de comida
Usou e abusou do polegar opositor
Para fazer oposição à regra do Criador
O fruto proibido ele pegou, devorou
Se embriagou, desequilibrou, escorregou
Ele despencou ao som de "Lucy in The Sky"
Quem mandou ignorar o aviso de seu Pai
O preço que pagou por sua vontade própria
Foi a queda numa savana da Etiópia
A cabeça levou um choque tão violento
Que ficou inchada, repleta de pensamentos
Ele desenvolveu uma rara enfermidade
Uma esquizofrenia chamada Humanidade
Depilou o corpo, resolveu andar ereto
Aprendeu a falar e não quis ficar mais quieto
E logo ele chegou com uma conversa bagunçada
De que a Natureza tinha que ser dominada
De manhã, ele era o Macaco de Cro-Magnon
A noite, ele já era o Macaco Ponto Com
Acendeu sua fogueira em todos os lugares
Deixou sua pegada até nos solos lunares
[Refrão]
O que que aconteceu? O Macaco caiu!!
Por que que aquele fruto ele teve que comer?
Ele se machucou? Ele ficou Mó caco!!
Ele pirou? Ficou com a cuca má!
[Verso 2]
Seu transtorno bipolar vai de Marte à Afrodite
Vai do Partenon ao Campo de Auschwitz
Entre o navio de Darwin e a Arca de Noé
Não consegue entender quem realmente ele é
Tem na mão direita a grana que ignora o coração
Ele inventa o problema para vender a solução
Para fugir da sua verdadeira naturalidade
Ele vive almejando uma tal felicidade
O animal doente que controla o seu destino
Na "Ilha das Flores" ficou abaixo dos suínos
Inquilino de um planeta que ele chama de aldeia
Onde bombas de hidrogênio ele semeia, meia, meia
Tem dia que ele tem a compaixão de quem socorre
Tem dia que ele tem a ambição de um Doutor Gori
É um simiano totalmente controverso
É um vírus no Software do Universo
[Refrão]
[Verso 3]
Tentando copiar a sua antiga moradia
Inventou religiões e várias utopias
Do desenho na caverna logo após a sua queda
Ao atual livro sagrado escrito em papel moeda
O elo perdido entre o bicho e o anjo
Coleciona lixo para aliviar o banzo
O belo banquete de castanhas e avelãs
Deu lugar à uma marmita cheia de esperança vã
Suas nuvens de veneno e suas Torres de Babel
Apagaram a visão do que sobrou do céu
Mas um dia o filho pródigo do "Grande Arquiteto"
Verá que a sua caída é parte do projeto
No monolito negro ele fará o sacrifício
E voltará pra casa no próximo solstício
Encerrando a procura pelo Eixo deste mundo
Essa é a jornada do macaco cabeçudo
[Refrão]
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