Face da Morte
Face da Morte
Face da Morte
Face da Morte & Douglas (Realidade Cruel)
Face da Morte
Face da Morte
Face da Morte
Face da Morte
Face da Morte
Face da Morte
Face da Morte
Face da Morte
[Verso 1]
Cola na grade sangue a idéia não falta pra trocar
Não estou a fim de impressionar
Só queria resgatar os manos que estão do lado da lá
De cá vítimas do processo de extermínio, a morte do raciocínio
Sem informação, a informação é na rua
A verdade nua e crua se reflete nos moleques
Na faixa de sete já tem um cacetete com razão
Veja o caso do João
Sem bicicleta, videogame, muita fome
O pai que bebe, a mãe que some ele não sabe pra onde
Vai pra escola pra comer sem direito á lazer
Estudar ele não gosta, a escola é uma bosta
Carteira quebrada, parede pichada, professora desmotivada
Já pensa nos ladrão, já sonha com um oitão
Ar15, 9 milímetros, HK pensa que isso vai mudar
Sua vida num instante, sonha em ser um traficante
Assaltante ou qualquer coisa desse tipo
Saúde e educação no brasil é só pra rico
Tudo isso é conseqüência do descaso
Do país que é governado pela elite
Insiste em dizer que ladrão tem que morrer
Quem mandou não estudar, agora tem que se ferrar
O quadro se define
Eles têm o dinheiro e nós temos o crime
[Refrão]
O crime é o meu assunto, o rap é meu artigo
Simplesmente natural, nem moderno, nem antigo
O crime é o meu assunto, o rap é meu artigo
Aqui é Face da Morte, O crime do Raciocínio
[Verso 2]
Latrocínio 157, 12, 121
Na rua considerado, lá dentro só mais um
Ficar de pé pra não morrer, proceder tem que ter
Depois de encarcerado tá fodido, ta marcado
É quase impossível de o mano ser reintegrado
Posso até citar um caso de um maluco que tinha arrumado
Um trampo sossegado numa multinacional, um salário legal
Nos acertos finais antecedentes criminais
Incho, manchou, derrubou o sonho de recuperação
De um mano sangue bom
Inteligente, competente, resgate social ou na questão estrutural
Será que é tão difícil tratar o povo como gente
E aí presidente, tente ouvir esta questão
Descubra este mistério, ministério virou objeto de barganha
Por que você não cumpre suas promessas de campanha
Incentivo fiscal seu sociólogo nojento
Á todas as empresas que pregarem ex-detentos
Fazer com que os presos aproveitem seu tempo
Estudando, se formando, se profissionalizando
Encaminhado á um emprego, quem sabe desse jeito
Possa até valer a pena
O mano deixar o crime depois de cumprir sua pena
[Refrão]
O crime é o meu assunto, o rap é meu artigo
Simplesmente natural, nem moderno, nem antigo
O crime é o meu assunto, o rap é meu artigo
Aqui é Face da Morte, O crime do Raciocínio
[Verso 3]
Conhecido por você como Aliado G
Nunca fui apresentado muito menos mascarado
Sempre estive lado á lado com a comunidade do morro
Que pede socorro
Rimas fortes, conseqüentes em prol da minha gente
Que infelizmente é inserida num processo de retrocesso
Não vejo ordem nem progresso
Nossa bandeira é uma piada, a favela ta ferrada
Com a falta de água, emprego, esgoto
Excluindo tudo, tudo aqui gera desgosto
Você volta num escroto amanhã ele some
E o que sobra é a fome, entenda a minha crítica
O motivo dessa falta é a vontade política
Se pelo menos distribuíssem renda
Vou até mandar um salve pro ministro da fazenda
Entenda, salve o moleque que dorme na calçada gelada
Não os banqueiros trambiqueiro e caloteiros
Que andam de avião ou então de carro zero
Já que todo mundo termina no cemitério
É preciso avaliar melhor esses critérios
Deixar de fazer leis que só favorecem vocês
Talvez valorizando o cidadão ao invés do cifrão
Quem tem dinheiro tá com seu burro na sombra
O que da sombra é que existe muito burro infelizmente pouca sombra
A criminalidade no brasil vem aumentando
Só tá faltando fazer um levantamento, uma planilha estatística
Excluindo a polícia aonde é que tem mais ladrão
Me diz no morro ou na política
[Refrão]
O crime é o meu assunto, o rap é meu artigo
Simplesmente natural, nem moderno, nem antigo
O crime é o meu assunto, o rap é meu artigo
Aqui é Face da Morte, O crime do Raciocínio