Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Para os Novos Baianos
Todo dia na janela
Eu fico olhando para a nossa Bagdá
Recordando as muitas mil e uma noites
Que a gente passou lá
Bagdá, à beira do Tigre
Bagdá, a jóia do Eufrates, Bagdá
Bagdá, na Mesopotâmea
Bagdá, babel Babilônia, Bagdá
Quando na noite as sirenes
Começam a tocar
Antecipando as mil bombas
Que vão despencar
Eu me lembro
Dos ataques de outros tempos
Sobre a nossa Bagdá
Que porém não conseguiram destruí-la
Nem riscá-la do mapa
Bagdá, dos jardins suspensos
Bagdá, Simbad o marujo
Sherazade
Bagdá, da lua crescente
Bagdá, da água abundante,Bagdá
Bagdá, vizirs e califas
Bagdá, quarenta ladrões,e Ali Babá
Bagdá, Harum al Rachid
Bagdá, das mil livrarias, Bagdá