Novo no Genius Brasil? Saiba mais sobre o site aqui e também crie a sua conta.
Aproveite e curta a página oficial do Genius Brasil no facebook e sempre esteja atualizado sobre o que acontece no cenário musical nacional e internacional.
Cola também lá no nosso fórum para discutirmos sobre os sons d...
[Refrão]
Ninguém sabe o quanto
Ninguém sabe nada do que tá falando mas nem me espanto
Ninguém sente o quanto
Esperei o lado bom da vida que vivia me bombardeando
Ninguém viu o quanto
Me dediquei calado, com uns 400 vermes em cima de mim me pisando
Ninguém me ouviu quando
Estava precisando de ajuda mas agora também não tô mais precisando
[Verso 1]
Ninguém me viu quando
Tava rimando na Praia do Flamengo pra 12 parceiros, viajando
Almas singelas são abatidas
E há sempre um gênio merecedor de prêmios que aprende observando
Gasto milhões de páginas com planos
Mas não perco pra vida nessa porra nem fudendo, pode ir anotando
Rimadores são como vinho, com o passar do tempo vão ganhando
Com o passar do tempo vão perdendo e depois de um tempo vão se adaptando
Sua força de vontade
É o que faz tu sendo um merda evoluir e conseguir ser alguém de verdade
Tive personalidade
Não aceitei porra de regra nenhuma que fosse contra minha vontade
Aos 13 anos de idade
Já comecei o meu pequeno "tour" pelos lados sombrios da cidade
Quem corre atrás sempre alcança, a fé existe e ninguém sabe
O que não falta na minha área é neguin com personalidade
Batidas nas lata de lixo
Desde essa época já sonhava em ter compromisso com o Rap, gravar uns discos
Perdi pra problemas ridículos
Tretas, polícia, problemas de saúde e poucos incentivos objetivos
Tô sério no jogo, tô vivo
E isso é o que importa, pelo menos pra mim e pros comparsa que fecham comigo
Cultura faz diferença num país subdesenvolvido
Capitalismo é a religião de muitos num mundo perdido
Pra mim o Messias nem volta
Está magoado chorando tempestades que talvez lavem nossa revolta
Quando o ódio se solta
Nós ficamos cegos como Ray Charles atuando em papéis do John Travolta
A sinceridade pra muitos tá morta
Na minha firma não existe mentiras, confira, bata na minha porta
Tá diante da derrota? é porquê ainda não é o final da rota
É simples ser verdadeiro, verdade esquenta o ambiente e choca
O amor tá num antiquário
E a paz que eu saiba tá extinta como os Incas e os dinossauros
Ilusão é pra otário
Não pra mim, que peguei minha vivência e misturei com um dicionário
Só que me querem num aquário
Preso, sem poder falar, um peixe inofensivo, mera decoração de armário
Só com camisa de força, 3 ambulâncias, 10 funcionários
Ou tropas de elite da polícia berrando que eu tô cercado
Escuto sons anos 80
E vem logo na minha cabeça aquele muleque dominado pela inocência
Hoje o muleque representa
Mas está contaminado com a ganância do mundo e todas suas doenças
Foi embora minha paciência
Agora sou o mutante negro que munido de rimas contraria a ciência
Quando comecei a perder amigos não vi sentido na nossa existência
Nossa vida vale o preço das balas calibre .380
[Refrão]
Ninguém sabe o quanto
Ninguém sabe nada do que tá falando mas nem me espanto
Ninguém sente o quanto
Esperei o lado bom da vida que vivia me bombardeando
Ninguém viu o quanto
Me dediquei calado, com uns 400 vermes em cima de mim me pisando
Ninguém me ouviu quando
Estava precisando de ajuda mas agora também não tô mais precisando
[Verso 2]
Sigo filosofando
Várias maneiras de destruir algumas barreiras que estão me atrapalhando
Se não quiser morrer tentando
Esqueça que sentes medo, esqueça os pensamentos que estão te afundando
Mas mantenha seus neurônios pensando
Lembre-se que enquanto tu adormece inimigos estão se aprimorando
Meus hábitos antisociais fazem pessoas ficarem me decifrando
Prefiro ser calado na rua e expressar o que sinto rimando
Demônios convencem o homem fácil
Usam artimanhas simples, bem conhecidas, mas todos se embromam no laço
O dinheiro é bem versátil
Ele pode tanto te fuder como pode te elevar ao status máximo
Não sei nem mais o que faço
Meu destino tá confuso mas deve ser eu e o Rap, o Rap e eu, eu acho
O tempo voa como folhas ao vento e já tá bem escasso
Vou fazer minhas rimas serem valiosas como as telas de Picasso
Problemas adormecidos
Podem voltar a causar dores de cabeça que não passam com comprimidos
Não tenho medo do que é nocivo
O que é gentil, quieto e calado pra mim oferece muito mais perigo
Todo momento é decisivo
Grandes vitórias são feitas de detalhes pequenos como um micro-vírus
Pra você ver um oásis terá que juntar pingo por pingo
Carregar o coqueiro no ombro, levar no bolso uma rede e uns sorrisos
O céu é azul pra playboyzada
Mas o que adianta carro do ano e musculação se não sabem porra de nada?
Corrôo egos como traças
Pra isso preciso apenas que me deixem com papel e caneta meia hora na sala
Papiros conservam sagas
Que sobrevivem através dos tempos provando que a senhora morte é uma farsa
Eu carrego a cruz que for, mermo deslocando meu omoplata
Pra que o sistema caçador vire uma fudida simples caça
O Judas hoje toma a hóstia
Não dá pra distinguir traidores de um quintal cheio de rosas
Já fiz perderem muitas apostas
Porque não dá pra parar minha firma me seduzindo como uma Cleópatra
O som no rádio é uma bosta
Não querem que cultura chegue ao povo e querem ver o povo sem pistolas
Com qualquer merda de refrão o povo brasileiro rebola
Acho que isso tem a ver com falta de conscientização na escola
Talvez falte viver a vida
Talvez acham que sabem de tudo só porque fazem alguma faculdade fudida
Talvez pessoas iludidas
Que preferem ver Gugu no sofá do que manter suas mentes produtivas
Talvez alguém no frio sem camisa
Um desses muleques que reviram lixos para encontrar restos de comida
Pro homem verdadeiro, o seu clan é sua familia
Por isso agradeço aos meus coroas, meus avós e minha tia (porque...)
[Refrão]
Ninguém sabe o quanto
Ninguém sabe nada do que tá falando mas nem me espanto
Ninguém sente o quanto
Esperei o lado bom da vida que vivia me bombardeando
Ninguém viu o quanto
Me dediquei calado, com uns 400 vermes em cima de mim me pisando
Ninguém me ouviu quando
Estava precisando de ajuda mas agora também não tô mais precisando
Ninguém Sabe o Quanto was written by Gutierrez.
Gutierrez released Ninguém Sabe o Quanto on Sun Mar 14 2004.