[Verso]
Ninfa, trazes líbido e eu imito
Não me limito no dicionário, é lindo e tu
És o motivo, e tudo o que eu largo
Em vocábulos é sentir-te como em espírito
Então inspiro e fundo
É cíclico
O amor mundano
Mas eu trouxe o verídico, ya
Sentido empírico
O mundo fica menos labiríntico quando largas a roupa
Eu tiro e cinto, e nu, vejo em ti sentido
Impagável, e o resto não vale um cêntimo
O incentivo claro é cada curva que eu sinto e mudo
Não falo nada, amante intrépido, inédito
Até me senti cool
Porque honestamente isto não é algo a que me habitue
Dois imperfeitos dão perfeição?
Pura matemática da afeição
A equação? Surge da incógnita
Eu sei que são variáveis que não deixam
Definir a nossa razão, mas então?
Isto não é científico, é prolífero e recíproco
Toco-te e fico no íntimo, o resto é infrutífero
O nosso epílogo dá por cada dia um livro
Tu és o calor, febre do tifo, tudo o que eu conquisto, eu juro
Que é um passo mais perto de ti, o resto é quase nulo
E se em tudo o resto eu quase fiz, aqui eu faço, assumo
Bora ficar no lusco-fusco, não há luz que custe
Mais que o teu busto, justo é que tu ofusques os que
Puxam lustre sujo, mas não valem tusto, burros
No teu jardim, só me quero a mim, e tu seduz-me