Nas Infinitas Profundezas Do Além

Corrosiva visão de deslocamento, a mercê de ver o que evitava
Ciencia de que tudo é facilmente corruptível
Entre camadas da vida humana o odor de lixo é presente
Os extremos caminhos caminhando ao nada, vejo os corpos na mesma vala
Concedida a visão paralela, fora dos meios de agrupamento
A parte de toda miséria, conceitos de futuros fantasiosos
Não me sinto parte de nada
Minha alma por inteira se rasga
O céu em uma tempestades de brasas
Realidade questionável, nossos corpos são celas em uma grande prisão
Presos em solo mundano, sem nenhuma chance de saída
Projetados como brinquedos com data pro próprio descarte
A mercê do erro mais presente, respirar não carrega vantagem
Enxergar tudo pelo lado de fora e saber que não existem heróis
Nenhum pingo de falsa esperança, nenhum deus será bom o bastante
As mentiras serão confortáveis até ver que elas te perfuram
E estancam as suas feridas e infeccionam a um longo prazo
Confortáveis com o desconforto, conformados com o inconformável
Amantes do terror e o caos concedidos ao mundo de forma grotesca
Os pivos da própria decadência, investindo no próprio declínio
A frieza de túmulos úmidos, nossas camas pro sono infinito
Aos pés do acaso, distante de todas certezas que algum dia fizeram sentido
Sem volta ao ponto de inicio onde tudo era uma fantasia
Em meio da falsa beleza que nos confortava por só estar vivo
E o momento da abstração em que nossas mentes se afundam em guerra
Contra tudo, contra todos, contra nós, contra o mundo