Minha Visão

[Verso 1: Azart]
Para mim o mundo é merda
Ir ao topo e dar a queda
Para o porro é para onde eu corro
A tentar encontrar a pedra
Contrariar a regra, levar e dar a nega
Reagir a partir [?]
Tropas a partir a perna
Só chuto e [o que queres dizer?] chuta
A life é para ser bruto, meu puto escuta
A minha história está de luto mas também está na luta
Sou de um tipo irregular
Entre culpar e a culpa
Mas já não falo do passado e nunca me calo com o futuro
Cada vez mais variado, mais real e mais puro
Cada vez com mais moral, confiante e seguro
Não há estilo igual
Não como e calo, mas boy trinco duro
A vida é um segundo
E há quem vive a fundo
Mas puto eu já não mudo
Isto é a minha visão do mundo
Minha visão do mundo

[Refrão]
Este é o meu mundo, a minha visão
Eu não sou daqueles que mudam pelo cifrão
Isto aqui é a minha vida
A minha lição
E eu estou vivo enquanto houver batida no coração

[Verso 2: Benny Broker]
Os meus putos no beat estão hardcore
Já não há melhor mesmo pelo menos ao redor
[?] norte sul este oeste
Sou da terra
Porque o que eu vejo quando olho
É que ninguém escolhe onde aterra
Com boa erva, puto hoje eu só queimo a talha
E só houve a guerra
Porque foram para o campo de batalha
Vivemos num planeta naturalmente lindo
Destruímo-lo como símbolo da nossa mente de merda
Tudo em função da guita
Que é a raiz do mal
Eu não quero a exclusão da vida
Nem sou feliz com o mal do mundo
E nunca quis domá-lo
Nunca quis [torná-lo?] a ideia devaneia
De um anormal qualquer
A sociedade é inventada, não é natural, qual é
Bafo erva, faço merda, sou animal como [tal quero?]
Viver num habitat saudável
No meio dos animais
Nós não somos superiores só por sermos racionais

[Refrão]
Este é o meu mundo, a minha visão
Eu não sou daqueles que mudam pelo cifrão
Isto aqui é a minha vida
A minha lição
E eu estou vivo enquanto houver batida no coração

[Verso 3: Eliot]
Quem tudo quer, tudo perde
Quem tudo perder, tudo ganha
Tudo serve quando não tens nada
Quem nada não se afoga
É sempre a mesma história
Afoga a memória da memória
Mãe assim não há insónia
Fui lá fora ver como era a vida
Vem ver, não é mentira
Portas apontam para a saída
E ela está comigo quando ninguém me liga
Dá-me vida, dá-me luz, dou-lhe lume
Vem um perfume de seguida
Eu tou no cume, vejo o mundo noutra perspetiva
Liberdade está retida na ideia
Queria tirar um sonho da algibeira
Mas estão caros demais para a minha carteira
Estás a tripar, queres trepar à minha teia?
Vivemos numa aldeia
Decoro caras, muitas interesseiras
Partias-me aos bocados
Está calado, as minhas metades estão inteiras
Esqueço as palavras de bradas e bubadeiras

[Refrão]
Este é o meu mundo, a minha visão
Eu não sou daqueles que mudam pelo cifrão
Isto aqui é a minha vida
A minha lição
E eu estou vivo enquanto houver batida no coração

[Verso 4: Johny Tuga]
A minha visão é de outsider
Mic move underground
Sempre à Johny McGuiver
Manter postura com os pés em terra firme
Passo com um olhar sublime
Já conheço bem o filme
Eu leio a rua, dormi na parada
Nunca [?] esperto e de olho aberto
Agradeço à dona Cuca
Várias zonas, tudo igual
Só muda a sigla numérica
Girar pela periferia deu me visão periférica
A gente nasce já num campo minado
Isolados do resto
Só com o pecado ao nosso lado
Observas e aprendes mas vês o modelo errado
E se o exemplo vem de cima
Aqui não há ladrão culpado
Descalabre na casa, assalto à vista desarmada
Guita desaparece sempre e nunca se passa nada
E traficam influências
Nós fumarada
E eles com a cara na revista e nós com a casa revistada

[Refrão]
Este é o meu mundo, a minha visão
Eu não sou daqueles que mudam pelo cifrão
Isto aqui é a minha vida
A minha lição
E eu estou vivo enquanto houver batida no coração