Meus Rap’s

[Verso 1: Diego 157]
Meus rap's nunca serão só rima e flow
Vai mais além que hey e how no calor do show
É enfrentamento com fundamento e base política
Formação de ação e contramão apocalíptica
Negação da servidão que é imposta pra mim
Não ceder, é combater, estabelecer o motim
Meus rap's são mais que pedir paz e enfezar a cara
Cara, para! Sem oba, oba aqui a idéia é clara
Coletividade, atividade
Fraternidade seguida de maldade
Meus rap's? Não são só bumbo, hat, sample e clap
É o convite pro revide originado na plebe
É 1, são 5, mais de 7 mil motivos
Pra ser racional, leal e menos emotivo
É o que inclui e desobstrui esquemas de exclusão
Meus rap's, são o que não querem na televisão

[Vinheta 1:]
“Mas a música do mercado é uma música normalmente passageira, uma música efêmera, uma música sem conteúdo, hoje em dia quanto menos conteúdo tiver, quanto mais iê, iê, iê, iô ,iô, iô, ah, ah, ah, melhor pra decorar. De forma que a gente fica carente, eu sinto que público tem carência de música que defina talvez as suas emoções"

[Verso 2: Diego 157]
Meu rap é pra mulher, também é pros LGBT's
Em vez de estupidez e insensatez
É fora da lei pra essa lei que extermina
É a luta de raça e de classe que culmina
Confronto pelos tombos e sonhos de companheiros
É o que figura postura madura em primeiro
Meu rap é anti PEC 171
Bem como é contra a PL 4471
Escuta pau no cu, Diálogo tete a tete
Explícito, mal visto por não ter confete
Meu rap é o rap dos anos 90
É o que contesta manifesta e se reinventa
Meu rap é o lek em rec aqui na CBX
É o Quilombo Urbano marchando lá em São Luís
É o Mensageiro de Imperatriz
Meu rap é o homem na estrada com final feliz

[Vinheta 2]
“A mídia não oferece nada pro público participar, sentir, se comover. Fora as coisas das
Novelas, mas eu tô dizendo assim de arte, não tem. Não existe música na televisão séria, a não
Ser na televisão alternativa que você ver um programa especial uma coisa assim”