Meu Irmão

Ponho a mão no microfone
Digo olá a toda a gente
Margem Sul Lissabon
Do Norte até a Zona Centro
Fico só na minha sem pensar no meu presente
Preocupado com a minha vida boy não sou vidente
Assume...
Não sei o que me espera mas
A maldade já não me enterra mais
Porcos estão com asas
Parecem pardais
Voam só no mar
Aparecem no cais
Tu pega no blusão
Monta a tua bicicleta
O caminho é travessão
Segue a tua estrada reta
Não procures explicação
Nessa tua água benta
E só fusca-te a visão
E nem sequer alimenta

Não me peças para te dar a mão
Se tropeças tens que dar razão
Toda a vida eu te disse irmão irmão irmão irmão

Não me peças para te dar a mão
Se tropeças tens que dar razão
Toda a vida eu te disse irmão irmão irmão irmão

Toda a vida eu te disse irmão irmão irmão irmão

Eu sei que é fácil falar
Difícil é fazer
Difícil de aguentar
Mas meu boy tens de entender
Não há ninguém para te empurrar
Na tua rampa
E os mesmos vão chorar
Na tua campa
Então fica só atento
Põe uma vírgula Ferida aberta fica ao alcance de uma víbora
Tu mesmo não gostando simula
Mas sente inconsciente que assim não dá, não dá
E não digas que é falsidade
Sabes bem que é assim
Na nossa cidade
Os dedos apontam para ti
Não me peças para te dar a mão
Se tropeças tens que dar razão
Toda a vida eu te disse irmão irmão irmão irmão
Não me peças para te dar a mão
Se tropeças tens que dar razão
Toda a vida eu te disse irmão irmão irmão irmão
Toda a vida eu te disse irmão irmão irmão irmão