[Letra de "Mão D'Obra" ft. Danny The Dawg]
[Intro: AZART]
Yo, AZ
Hey, what up, Danny?
Yo, yo
[Verso 1: AZART]
São anos sem ver grana e a manter a mão de obra
Cheio de calos da caneta, 'tou a mandar uma mão de obra
Quando eu 'tava na lama só vi mão de quem não cobra
Mas quando aparece a grana, essa oferta da mão dobra
Hm, hm, masas nada fora do comum
Hoje o waiter diz: "wag one", e eu digo-lhe: "wagyu"
É crazy que antigamente era garfo em lata de atum
'Tou longe de não faltar nada, mas hoje já vejo algum, shit
[Refrão: AZART]
Vejo os anos a passar e os planos nunca mudam
Nem caducam, não têm duração
[Verso 2: AZART]
Eu tenho medo de me deixar ficar p'ra trás
E andar a queimar tempo até não me achar capaz
Todo este pensamento anda-me a apagar a paz
E eu a tentar pagar de homem
Mas ainda a apagar o rapaz que há no az
Eu não acho que esteja perto, não sei se ele um dia sai
É que hoje sempre que eu olho de perto
Vejo um puto no meu pai
O meu avô brincou com tudo até ao dia em que ele deu o bye
Não interessa quanto tempo vem, a criança nunca se vai, shit
Então deixa-me la viver, manter-me um kid eterno
Chovem as lágrimas no rosto até que ele vire inverno
Aqueço a alma com álcool até que ela vire inferno
Afogo essas águas passadas em vinho a ouvir um verso meu
Tudo o que eu sou é o que o Universo deu
E cenas que o meu pai cedeu
Certos luxos a que a minha mãe nunca se deu
P’eu ter a caminha feita e nem saber o que aconteceu, oh
[Refrão: AZART & Danny The Dawg]
Vejo os anos a passar e os planos nunca mudam
(Yo, what up, AZ)
Nem caducam, não têm duração
[Verso 2: Danny The Dawg]
Assim que eu penso nesta life
E no filho que agora tenho
De trazer comida sem demora
Venho pela guita, sem job, eu receio
Fazer-me à pista onde a coca se dilla
Se não acordas a horas, nem sobra clias
A bófia sprinta a ver se há cobras na porta dum tropa dealer
Peço a bênção com buéda crença, ter a fé compensa
Se for p'ra ir, vou com os meus (Yah)
Mesmo que perca ou vença, eu regresso em peso
Nem peço licença (Nah)
Porque eu sou real, eu não fujo, não finjo
Sentes que quando um gajo rima é atrativo
Vê-se que claramente tenho um motivo
Deus deu-me o talento expressivo
E críticas para quê? Bule masé
Faz o teu cash, yeah-yeah
Se não dá p'a viver como tu queres, faz um refresh
Vai novamente, vai lá p'a dentro, falhas, aprendes (Hm-hm)
Mais vale morreres a lutar do que ficar parado no tempo
Porque o assunto era riso quando era esquisito
Mas esquece, eu fixo (Yah)
O meu rap eu fiz o num exercício, nem nego o vício
Tipo que era um ofício, pus pé no piso, custa é no início
O moleque é um perigo, costela rijo, puleka siso
Barber shop flow , apresento linhas (Yah)
O que eu faço é faccioso, represento winners (Hey)
Quando eu traço, eu quase que esfolo, sangro mesmo rimas
(Yeah) Se é p'a lucrar, 'tão fala logo, porque eu não bebo birras
(Straight up)
[Refrão: AZART]
Vejo os anos a passar e os planos nunca mudam
Nem caducam, não têm duração
[Outro: George Bernard Shaw]
We don’t stop playing because we grow old
We grow old because we stop playing
Mão D’Obra was written by Danny The Dawg & AZART.
AZART released Mão D’Obra on Fri Jun 02 2023.