Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Maria Bethânia
Que destino, ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro assim perdido
Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos
Por ti sofro e vou morrendo
Não te encontro, nem te entendo
A mim odeio sem razão:
Coração... quando te cansas
Das nossas mortas esperanças
Quando paras, coração?
Nesta luta, esta agonia
Canto e choro todo dia
Sou feliz e desgraçada
Que sina a tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo... e não tens nada
Na gelada solidão
Que tu me dás coração
Não é vida nem é morte:
É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte...