Mãe ao Cubo by Kastiço
Mãe ao Cubo by Kastiço

Mãe ao Cubo

Kastiço * Track #7 On 10DO10

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Mãe ao Cubo Lyrics

[Verso 1]
Noventa e duas primaveras mais ficaram por viver
Quantas vidas tu criaste quantas viste crescer
Matriarca da família humildade a condizer
Unias todos como as linhas que acabavas por coser
Pelas minhas só tenho que agradecer
Foram mil e uma histórias que ficaram por escrever
Foram mil e uma voltas a terra pra ver nascer
Uma pessoa como tu nunca mais devo conhecer
E o que devo prometo vou devolver
Entre palavras e ensinamentos que consegui recolhеr
A vida é feita de momentos, еu recordo para viver
Como recortes de jornal que guardo pra não me esquecer
Coragem pelo que passaste não nascemos para sofrer
Viste tempos de ditadura e a democracia a nascer
Mãe solteira em tempos que mal se sabia escrever
É preciso entender que eram seis bocas para comer
A maior dor é ver um filho falecer
Em tempo de tempestade acabou por acontecer
É uma ferida que não sara, mas eu vi-te a renascer
Das cinzas que ficaram, brotaram flores a condizer
Viver debaixo do mesmo teto, como areia no deserto
Fechar os olhos e sentir que ainda te tenho tão perto
Dava tudo como certo faltou-me a tinta na caneta
Escrevi pra mandar um beijo da tua bisneta

[Refrão]
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha

[Verso 2]
Quando digo mãe sinto-me privilegiado
Por ter uma com um M grande sempre a meu lado
Por me ter parido, sofrido, por me ter criado
Por ter sorrido, chorado e alimentado
Educado quando o contexto era complicado
Por ter abdicado de viver pra viver a meu lado
Por ter sorrido quando os olhos queriam chorar
Por ter esquecido quando o coração queria lembrar
Ter resistido quando as mãos queriam largar
Alimentar uma criança que só queria sonhar
Deste o corpo aos estilhaços que me queriam ferir
Para no final do dia me puderes ver a sorrir
Passámos tempos de intempéries que não me queria lembrar
Mas tu mereces que haja quem tenha histórias para contar
Bravura, na noite escura, com o pai a precisar
Estiveste firme quando o barco estava a afundar
Para quem está de fora é sempre fácil falar
Mas quando bate na rocha a tocha tende a apagar
Só ficam os corajosos entre fogos e compósitos
Entre lobos e necrófagos que te querem devorar
Só verdadeiros ficam para recordar
E os teus feitos estão gravados, não dá para apagar
Desde a nascença a vida tem a tendência de sufocar
Mas dei-lhe a volta e fiz do cordão um colar

[Refrão]
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha

[Verso 3]
Obrigado por teres aparecido na minha vida
Carregado a Catarina, nove meses na barriga
Não podia ter arranjado melhor mãe para a minha filha
Está estampado no sorriso quando te vê o olhar brilha
Construímos um castelo a que chamo família
Que defendemos juntos e vemos crescer a cada dia
Caminho atribulado, o vento não soprou a favor
Foi agridoce, vivemos entre o amor e terror
Pais de primeira viagem, numa passagem pandémica
Sem meios, receios bloqueios sem ética
Violência obstétrica, sobrevivência épica
Viajaste noutro mundo, voltaste de forma poética
Foste tu que a aqueceste naquela copa gelada
Onde ficaram só as duas assistência era negada
Tocavas à campainha de madrugada e não chegava
Ela chorava, mamava o pouco leite que a mama dava
Á porta a mala não entrava, em chamada imagem encrava
Na boca chucha faltava, tetina e compressa usava
Roupa dada tava larga, agarrada a mãe já não larga
No nariz ficou a marca e no coração uma farpa
Ansiedade pra chegada, ansiedade pra chamada
Senti tanto a vossa falta, até que receberam alta
São notas na minha pauta, se tocam coração salta
Escorrem-me lágrimas de alma que me acalma que te acalma
Que ajuda a esquecer o trauma, e a sentir doutra maneira
Da primeira muda, ao primeiro banho na banheira
Dos mimos á brincadeira, da última noite inteira, de sono
Nasceste para ser a melhor mãe do mundo

[Refrão]
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha
Quero agradecer às mães a minha vida
Mãe da minha mãe, minha mãe, mãe da minha filha

Mãe ao Cubo Q&A

Who wrote Mãe ao Cubo's ?

Mãe ao Cubo was written by Kastiço.

Who produced Mãe ao Cubo's ?

Mãe ao Cubo was produced by Kastiço.

When did Kastiço release Mãe ao Cubo?

Kastiço released Mãe ao Cubo on Mon Oct 10 2022.

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