Luz

Pedi pra Deus sabedoria e plena calma, pra escrever
Poder de poder ver com o olhar da alma
Pedi pra não me envaidecer perante as palmas
E não cegar, não chegar ao ponto de pegar uma arma
Cê reencarna? Não, cê vive agora!
A vida quebra, a gente monta e paga as contas antes de ir embora
Tá nessa bala ladrão? Ou só, “tá fóda”
Então espera mais três vidas e quando cansar disso acorda
Lembrei os amigos da infância, bem sucedidos
Um é pastor , o outro ator, o outro piloto, olha que time
Hoje entendi nossa distância era só um mal entendido
Um é avião, um finge bem e o outro prega o amor ao crime
E pras mamães eu digo, não desanime!
Deus remedia sua alma já que os filhos não as previne
E quando caem é “cocês” que eles caçam assunto
E só um espírito fortão não deixa o mal te arrastar junto
Ah moleque! Lancei um Punto
Zoei o menor, puto, porque tava no ponto
De óculos vagabundo, nike falso e um boné de 20 conto
Na outra semana: - Viu o menor? - Não vi , qual foi?
- Morreu cuzão, trombou um apaisana a primeira vez que ele tentou mandar um busão
Na conclusão comove, padrão calibre 38
Menor resolve usar revolver o cão remove aos 18
Promove a mãe e o pai de peito afoito
Almas em crivo, mortos vivos, tendo que estar vivo as 8h00
E eu? Nojo desses boy do rap sem empatia
E pensar que dez anos atrás se não entrasse na ri happy cêis se batiam
E eu digo, hey viva a Tia da escola estadual
Que “trampou” meu português pra nenhum de vocês me interpretarem mal
Assisti Hannibal, pra entender o potencial da mente
E percebi que a falta de, basta um Bolsonaro pra fazer cêis comer gente
Em frente Rap, enfrente-os! Seus inimigos votam neles
Até que racistas sejam só racistas, e essa é a cota deles
E eu tô na bota deles, tão no planeta deles
Meus raps são como cometas e eu tô na rota deles
- Mas Théo, seus rap é triste isso não bomba, então traduz
Traduzo, trampo nas sombras mas a serviço da luz