[Verso 1]
Não vou morrer à sede mas não me vês em qualquer lance
Não me afundo, eu só olho de relance
Até posso escrever mas não vou viver um romance
Não vou morrer à sede mas não me vês em qualquer lance
Sem jogos de suspense, os meus olhos dizem tudo
Desde que tenhas tempo
Razões que a razão desconhece estás a perder tempo
Um bate boca, aceito fácil desde que tenhas tempo
Trocar ideias? Já estou fora! (Estas a perder... tempo)
Gosto da humidade desses lábios, do timing em que os afastas
O toque áspero do vinho, estou-te a dividir em castas
Palavras soam gastas
Metade delas basta
Palavras soam gastas
Metade delas basta
Podes dizer o que quiseres mas a conversa é com teu corpo
Contraria, eu argumento
Disseco ponto por ponto
Eu estou dentro do assunto
Não há nada a nascer a torto
Não há vírgula que me desvie desse ponto de encontro
[Refrão]
Interpreta como queres, eu não te digo tudo
Faz de mim o que quiseres, eu não te digo tudo
Posso ser o que não queres, eu não te digo tudo
Não vai ser quando quiseres, eu não te digo tudo
[Verso 2]
Olha para eu que eu digo não olhes para o que eu faço
Nah! Fica-te pelo o que faço porque, eu não te digo tudo
Congelo o tempo e o espaço, o silencio que fale
Fico a ler a tua pele, ambos sussurram vale tudo
No impulso do contorno do teu corpo, é absurdo
Absorto, absorvo cada impulso dos teus poros
Não cedo até que implores
Por muito que demores
Não cedo até que implores
Por muito que demores
O cheiro da saliva, o brilho que ela deixa
É mais uma madeixa a cada toque deixo um traço meu
Quero-te encontrar perdida
Ter a boca humedecida e sem falar vir reclamar o que é meu
Palavras são barreiras quando o “LINGO” é o desejo
Sem maneiras para passar metade do que o beijo diz
Baza falar a mesma língua, espremer o conteúdo
Eu não te digo tudo, mas o beijo diz
[Refrão]
Interpreta como queres, eu não te digo tudo
Faz de mim o que quiseres, eu não te digo tudo
Posso ser o que não queres, eu não te digo tudo
Não vai ser quando quiseres, eu não te digo tudo