[Intro]
No meio do mato, de katana, katana, katana
[Verso]
No meio do mato, de katana em punho
A bafar liamba que até me «desunho»
Evito armadilhas, puxo a cavilha
Granada rebenta, na net faz barulho
Deram-me o toque, fizeram o convite
A cena ‘tá séria,assumi o «bagulho»
Os rappers do top, não querem feats
Só mamam no dick, «surra de sarulho»!
São ten o’clock, sigo para o top
Banca montada boy, plata ou plomo
Sonho é que a guita boy, venha das rimas
Trancado num estúdio, sem acesso a colo
Ficas maluco com os versos que eu escrevo
Não sou patego e nunca me iludi:
Tu trabalhas o flow, trabalhas a rima
Trabalhas o grife, menos o QI
Boy, eu tou na vanguarda...
Algibeira furada, com a capa guardada
Mas nunca no fim
Com a entrada barrada...
Manda vir motherfuckers
Que eu fico bem aqui
Com a cara trancada...
Para tudo e para todos
Boy eu sou assim
Click com o beat, tou no asfalto
Não complico, nem canto de galo
Tou na street, corrida de galgos
Debaixo do capô eu cavalgo
Essa luxúria não capto
Boy, eu só sonho com palcos
Dread, eu comecei com o Khapo
Agora só gravo no Pablo
Se a tuga pára boy, não páro
Foca tudo o que eu faço
Vasco da Gama, sem ter barco
Tou na lama, «ganda» charco
Sem ter fama, tenho o charme
E o meu ADN contém arte, à pala do JorgeBreak, boy!
Para trás eu não volto
E, boy, ‘tou no combate
Cada vez mais phat nos takes, boy!
Sucesso mais perto do que o fracasso
Com o Salazar no meu barco
Aperta a mão, começa o trato
Maik ‘tá na selva e tu no mato!