João Gordo Benedan 1964

[Verso 1: Mendigo Shinaider]
Som doente, mentalidade execrável
No vinil é agulha descartável
Rap foco, força e fé é sellout tipo Marvel
Mendigo que fala inglês, overgraduado, eu sou
CEO dos moleque no farol
Dos magrelo só o pó que curtia um rock`n`roll
Aquele mano do Magic, das manas virando
De humanas, mendigão, mas ando só nos pano

[Verso 2: Jorginho]
Vagabundos não deixava nois sorrir
Mas eu sou o pai do filho da Mayara MC
Filho da APAE, no entanto nois tá aqui
Dobrando mais papel do que Eddie Murphy no Norbit
Helvetica
Designer sem noção de estética e pã
Quero voltar pra moda o comic sans
Comico insano rosto branco tipo joker
Seus papo de mano, tio, é blefe tipo poker
O nome é jorge eu graduei no toffel
E estudei a bible to pensando em migrar meu som pra gospel
Porque o rap filhão não dá dinheiro
Nois faz pela arte pique só pelos parceiro

[Verso 3: Playbaman]
Playba na área fumando a erva rara
Se rap é o pai, adotivo igual jiraya
Formula pras rima que acerta igual sniper?
Segredo igual abri o pepsiman no fighting vipers

[Verso 4: Estranho]
Quando cê pensa que não, os moleque chega
Segura o B.O na mão que lá da esquina vem interferência
Me passa logo o Baygon pra matar barata, haja paciência
Aviso pros rato fujão um cuidado a mais com as ratoeira
Não é zuera, se liga na ideia q eu tive um dia de bobeira
Dentro de algum busão brisando a viagem inteira
Quando eu cheguei já era na inspiração rasteira
Mesmo q sem plateia a mente cheia enxerga a feia
Fata de educação de quem interfere a ceia
E a vontade cresce na prece de quem anseia
Sem brincadeira é foda na roda que não se quebra
Confundindo cabeças confusas de quem faz regra
Trafico ideias úteis sou Carlos Abadia
Vacinado contra dor, anticorpos pra vadias
Trabalho otários, grana, burocracia?
O remédio é esse, vai dizer que não sabia?

[Verso 5: Lester]
Cê não me rela, ramela, cê não me olha cagão
Cês fortalece panela, mas nós explode fogão
Vai tomar no teu cu, vou lacear esse esfínter
É real underground, nós grava com mestre splinter
Você é falso demais: Xbox da sony
Ninguém é mais pica que eu, só mando nude com drone
Cês tão brincando com ego, tipo criança com lego
Tu não é fechamento, você é só um nó cego
Rimas do Jorge: meu deus, rima do estranho meu deus
Rima do Lester seu deus, e pro bom senso adeus
Apontam dedo demais, mas não dominam o leigan
De sucesso na net já basta o Nego Ban
Tô com dois pé na porta dispensei maçaneta
Entrando com bola e tudo, igual a G da Vampeta
Esse Lester é loco hahahahahahaha
To de boa de elogio quero ver me pagar

[Verso 6: JoeSujera]
Até vira-lata, me olha e faz careta
Quando eu abro latas, só com a caneta
E eu poli minhas barras, quebrado sem talas
Vieram 100 barras, Wolverine sem garras
Me sinto o Constantine, quem cala?
Vai ter que me alcançar categoria trem bala
Mal sabe, nem fala. Vem mala
Muita ideia em cada verso, não cabe, entala
Tudo é laboratório, nem quarto, nem sala
Fala de senzalas, ajudou a inventa-las
Não tem engenho tem Zara, não entende injustiça
Só ajuda a aumenta-la e a solução: não se misturar com a gentalha
"Posso ouvir um amém?" para!
Tatuam mandalas, esquecem Mandela
Pessoas do rap nas janelas, batendo panelas
Piores são os fãs delas...cancela!