[Verso 1: Vulgo Feijão & Cléber]
Quinze anos, idade muito pouca
Na ira dos vinte a estória agora é outra
Virilidade louca, pensamento até a boca
Na cidade fosca, verdade a queima roupa
Disposição e desempenho a flor da pele
É tempo de plantar nem que seja na neve
A colheita é farta e se não for em breve não serve
Jovem é na febre, não existe teste
É como uma máquina, vencedor da lógica
Possuem forças para explodir política
Jovem revoluciona pra alcançar uma conquista
A ira dos vinte é um despertar da crítica
Mickey é ratazana diversão de masoquista
Hoje o tempo é outro, movimento humanista
Respeito pelo próximo com satisfação e amor
Independente de quem for, não importando sua cor
Que honra verdadeira não é de quem trai a companheira
Todos sabem que a alegria é aparente e passageira
Jovem não é moleque e surpreende a estatística
Querem ser grandes guerreiros evangelistas
Que mané guerreiro nada, é tudo molecada
Se dividem em duas rapa, função e playboyzada
Não tão aí pra ninguém, vendem fumo também
Alucinados traiçoeiros fazedores de neném
Cê acha que tem uns assim? Tem, sempre tem
Dizem que são todos iguais, não, nem vem
Tem uns que ajuntam multidão na porta da cruz
Batem no peito e seguem os passos de Jesus
O testemunho puro, o grande Nome Ao Cubo
O Deus que tudo fez e que ao mesmo tempo é três
Muito prazer, essa geração já existe
Que cresçam as crianças na ira dos vinte
[Refrão]
Matam grandes homens, matam grandes homens, matam grandes homens
Mesmo antes de crescer
Matam grandes homens, matam grandes homens, matam grandes homens
Com medo do que na ira dos vinte possam fazer
[Verso 2: Vulgo Feijão & Cléber]
Sem fé e nem juízo, o tempo vai seguindo
E os jovens muito jovens que ficam dormindo
Sentam e descansam como se fosse Domingo
Crescido no tamanho e pensamento de menino
Video-game, mobilete, apavora outros moleques
Pula o muro, fura a calça e cabula pro basquete
Cresce o dano quando a idade avança
Cansa de tanto correr, não adianta, o tempo alcança
Durante vinte anos uma mãe regou a semente
Um dia de repente vê o filho dependente
Não sei, parece que o mundo é diferente
O sol está mais quente, seca a boca e dá mó sede
Viro o caneco ainda fico consciente
Fico na esbórnia até chegar o sol nascente
Tem bagulho bom pra gente, chega, enrola e acende
Tava careta a uma cota agora sou linha de frente
Baseado em ficção, super-heroi de historinha
Mas baseado mesmo, até acabar o gás do isqueiro
Pensa na maria mais do que qualquer menina
Esquece do amor que tem por ele a família
Tenho dó da mãe solteira, que não sofre de bobeira
É sangue do seu sangue que corre em suas veias
Faz tudo pelo filho, clama ao Pai eterno
Que guarde esse menino e que conheça o evangelho
Por que faz tudo sem critério, o que um cara disse é certo
Jovem no Brasil nunca é levado a sério
Vê o bolço a carne viva, se trampa morre de preguiça
Um dia acorda pra vida, espero que antes dos trinta
Quem não quer ser um homem de renome e respeito
Antes da barba branca ser um grande sujeito
Ter um coração com tanto amor que até transmite
Demorou pra se ligar na ira dos vinte
[Refrão]
Matam grandes homens, matam grandes homens, matam grandes homens
Mesmo antes de crescer
Matam grandes homens, matam grandes homens, matam grandes homens
Com medo do que na ira dos vinte possam fazer
[Verso 3: Cléber & Vulgo Feijão]
Matam pensamentos, fazem isso a muito tempo
Pegam as pessoas quando ainda estão crescendo
E crescem veloz como um vento, poluído por dentro
O resultado vai vendo, quanto mal comportamento
Uma garota, o namorado e o cunhado em novembro
Matam os pais por dólar, agora querem tratamento
Como num filme violento, "Clube da Luta" um exemplo
Um jovem quase médico metralha sedento
São acontecimentos que anunciam os fins dos tempos
É tudo por dinheiro e se chorar te vendem lenço
Te criam, te conhecem mais do que você mesmo
Pode falar, escrever, manipulam seu texto
Manipulam as datas e o mercado financeiro
No mês de dezembro, não comemora o nascimento
Natal não é verdadeiro, e os presos, e os enfermos
Sem ceia e condenado, no sonho de ser visitado
Pobre coitado, só com status cê é notado
O que houve, isso não existia, foi criado
Em qualquer ponta do mundo sempre desejam Ter
Um destaque de outro ser, para que outros possam ver
Destaque sem contraste, não existiria back se todos colocassem melancia no pescoço
Aí se um tirasse, no início um destaque
Em seguida, um desastre de todos no mesmo gosto
São robôs de uniforme, todo jovem usa um fone
Quem domina é um controle, que transforma tudo em clone
A ira dos vinte é um pensamento vip
Ou você tem ou então não existe
Várias vezes vão tentar comprar suas palavras
Mas se vender já era, nunca terá mais nada
Seja um bom ouvinte, esteja no limite
Pra ser uma muralha na ira dos vinte
[Refrão]
Matam grandes homens, matam grandes homens, matam grandes homens
Mesmo antes de crescer
Matam grandes homens, matam grandes homens, matam grandes homens
Com medo do que na ira dos vinte possam fazer
Ira dos 20 was written by Vulgo Feijão & Cleber Ao Cubo.