Nas mãos não escondo nada
Meus bolsos estão vazios
Meus impulsos são controlados
Mas meus hábitos são obsessivos
As mãos que me tocam são geladas
As conversas que eu tenho são decoração
Parece que não há alternativa
Nessa vida de beco sem saída
Parece que não há alternativa
Preciso de uma forma mais ativa
Os dias passam
E nós estamos tão acostumados
A nos ver assim
Que já não nos interessa
Há anos preso nesse labirinto
Eu só conto com os meus instintos
Se eu não pensar em me acomodar
Talvez consiga me saciar
Pois já gritei aos céus e já sussurrei ao mar
Só vou depor minhas armas
Por alguém que valha a pena lutar