[Verso 1]
Pesado está o ar que compro caro
Negócio barato para quem tem bom faro
Ando ocupado no meu cargo de indivíduo
Preso a trabalhos de merda, estou perdido
A minha alma anda presa e muito inquieta
Por não ter o à vontade de exprimir o que me afecta
Sem destino ando eu nestas ruas negras
À procura da verdade nas profundezas destas trevas
Sai da minha frente que estou cego
Não vejo nada meu, apenas vejo negro
Pra mim é tudo merda, o cenário tá uma merda
Não me treinaram para esta cena, isto é tudo uma treta
Estou perdido, desiludido, triste, deprimido
E não há comprimido que me cure o atrofio
Não há salvação, não vejo cores na escuridão
Daqui ninguém me tira estou longe da redenção
[Refrão]
Graças a quem matou o meu deus
Assim não há esperança e tá-se muito bem!!!
Graças a quem matou o meu deus
Assim não há esperança e tá-se muito bem!!!
[Verso 2]
Sonhos cor-de-rosa só me acontecem quando estou sóbrio
Mas como nunca vivo sóbrio tá foda, que se foda
Sou pobre e inquieto, sou inseguro e incerto
Tenho larvas no meu cérebro, a sério não compreendo
O cinzento vivo em mim como cinzas no cinzeiro
E beatas são a única coisa que eu vejo o ano inteiro
Há muito que não fodo, há muito que não amo
Há muito tempo que o tempo não flui em mim, é estranho
Faz um ano, ou anos?
Não sei, não me lembro
As miúdas desta cidade não me estimulam
Quem me dera que houvessem putas, a sério, puta!!!
Eu sou muito estranho...
Estes putos não ouvem nada, muito mimo, muita jarda
Nem com carinho nem à chapada
É o que eu digo, merda
Faça o que faça o caminho que se traça
Sai sempre roto e nem é preciso traças
Graças a Deus que o meu Deus está morto
É que assim não há esperança e tá-se muito bem
[Refrão]
Graças a quem matou o meu deus
Assim não há esperança e tá-se muito bem!!!
Graças a quem matou o meu deus
Assim não há esperança e tá-se muito bem!!!
[Verso 3]
Pesado anda o ar que compro caro
Negócio barato para quem tem bom faro
Ando ocupado no meu cargo de indivíduo
Preso a tarefas que me consomem, estou perdido
A alma que me ferve anda muito inquieta
Por não ter a liberdade de exprimir o que me afecta
Sem destino ando eu nesta realidade
Há muito alienado em busca da verdade
Qual verdade?
Não há verdade que se cheire nas cabeças de hoje em dia
Esconde a tua, infecta a outra com mais uma mentira
Sai da minha frente que eu estou cego
Não vejo cores apenas e só vejo negro
Negro...
Para mim tudo são trevas!!!
Esses sorrisos amarelos são ouro na escuridão!
Vou arrancar todos esse dentes
Um por um!
O pânico consome-me como a fome de um mendigo
Futuro não existe nem presente que me aguente, tenho dito
Pensamentos negativos fodem-me os actos positivos
Os amigos são distantes e quero comÊ-los vivos
[Refrão]
Graças a quem matou o meu deus
Assim não há esperança e tá-se muito bem!!!(4x)
Graças! was written by Ângela Polícia.
Graças! was produced by Ângela Polícia.
Ângela Polícia released Graças! on Mon Mar 20 2017.