Gaveta

[Verso 1 - Mace]
Quando a saudade aperta
Eu abro a gaveta
Dos meus pensamentos
E mostro outra faceta
Discreta-mente, a mente
Marca no tempo
Momentos
Passados contigo
Guardados cá dentro
Tás no que sinto e penso
É denso o sentimento
E eu confesso
Que contigo o tempo
Voa como o vento
Fico disperso
Se desperto e não tás por perto
É controverso
E perplexo falar-te em versos
Mas quero que fico expresso
Que nada é em excesso
O que reflete o progresso
Do nosso sucesso
Reconheço e agradeço
Porque não há preço
Para o apreço
Que não mereço
Mas que me abastece
Por isso esquece
Qualquer erro
Tal como eu me esqueço
Podes mudar
Te modificar
Mas não me despeço
É com as nossas lembranças
Que eu me fortaleço
Porque o que me une a ti
É demasiado extenso

[Refrão - Cálculo]
Sempre que estás a sorrir
Eu guardo na gaveta
Para depois
Um dia eu abrir
E relembrar
Portanto...

[Verso 2 - Mace]
Quero ver-te sorrir
E espero ver-te chorar
De alegria
Ao ver a nossa semente germinar
Quero acompanhar-te sempre
E aconchegar-te quando
A noite estiver fria
Ou tiveres frio no banho
Quero ficar a falar contigo
Contar-te o meu dia
Quero poder fazer de ti
A minha rotina
Quero vaguear no tempo
Contigo do meu lado
Quero me sentir perdido
Mas sempre acompanhado
Dá-me um futuro
De presente
Mas nunca um passado
Porque o que vivemos juntos
Nunca vai ser apagado
Esquecemos os assuntos
Que não trazem felicidade
E em cada despedida
É sentida saudade
Quero ver-te bem na vida
E nunca à deriva
A força tá em ti
Não há força divina
Aos teus pais:
Um obrigado pela vossa filha!
Os meus parabéns
Por esta obra prima!

[Refrão - Cálculo]
Sempre que estás a sorrir
Eu guardo na gaveta
Para depois
Um dia eu abrir
E relembrar
O quanto me fazes bem
Quanto me fazes bem
Quanto me fazes bem

[Verso 3 - Mace]
E é por tudo isto
Que eu não fecho a gaveta
Enquanto tiveres comigo
Ela continua aberta
E quando tiver sozinho
Parto à descoberta
Da tua companhia
És a peça que me completa
Guiado pela caneta
Na folha és retratada
Eu esqueço que sou poeta
Quando tu és lembrada
Não sei se foi a seta
Do cupido
Ou se o cupido acerta
Mas vi, que ao tar contigo
O amor se manifesta

[Refrão - Cálculo]
Sempre que estás a sorrir
Eu guardo na gaveta
Para depois
Um dia eu abrir
E relembrar
O quanto me fazes bem
Quanto me fazes bem
Quanto me fazes bem