Galileu

Café quente, cidade fria
Terra das promessas que nao cumpria
Avenidas com pressa, so corriam
Vítimas em massa, nem socorriam

Ninguém se conhece, ninguém sorria
Quem que se entendia? (Quem?)
Se os jovens se perdem nessa agonia
Qual preço que pagam pra adrenalina? (Qual)
Os sinais se encaixam em sinfonia
(Cósmica)

O disco pula nos buracos (Qual deles?)
Como a lua em suas crateras (Qual delas?)
Pink Floyd e Stephen Hawking
Transcendendo a atmosfera

Dеssas vidas em inquisição
Galileu Galilei ainda via еstrelas em sua condenação
E não existe outra explicação
Os inocentes alvejados camuflados em retaliacao

Lua clara, céu púrpura
Por quê a primeira chance sempre parece a última?
E incerteza, ansiedade, dúvida
Onde os pedidos simplesmente viram súplicas (Por favor)

As doses descem mais amargas (Blah!)
Desses pulsos tiram-se as amarras (Ufa)
Nesses cursos capotamos carros
Sem recursos nos que nos ferramos (Sempre)

Deixa que a mentira e quem grita
Cochichando o emocionado se frita
E ai onde tudo se complica
Vacilo vira "200", e "200" vira bica (*usão!)

Bem vindo ao mundo real
O mais legal e quem consegue ser mais cruel (E eu tô)
De volta ao mundo real
Pra tirar os sonhos do papel, cê precisa do papel

E tudo gira em torno do consumo
Os contratos com todos os seus insumos (Então fogo)
Mas fica tudo bem no final
Bom se fosse antes do final, mas sei que querer isso é um sonho

Então acordo ou passo a noite em claro?
Sem trampo isso tudo me soa tão caro
Não espero o verde atravesso o farol
Daqui nem ouco a buzina dos carros

Mas ainda aprecio a vista
A beleza nao cabe nessas revistas
Esse sangue vale mais que essas conquistas (Muito mais)
E o mundo deixa os mais sensíveis tristes (Muito mais)

Mas da tristeza florescem jardins (De quê?)
Resiliencia, girassois e afins
Bromélias, rosas, lírios
Nos lagos flor de lótus, na terra flor de lis