Essa canção faz parte do álbum o show deve continuar. Conta com a participação do Criolo quando ele ainda não era tão conhecido.
Ela traça uma comparação entre a Humanidade e a trajetória do homem, com as formigas e sua existência que muitas vezes passa despercebida por nós.
[Verso 1]
Deixa pra nós então!
Hahah
Ver o sol atrás da montanha, não é fácil
Perco a minha vida até com uma bituca de cigarro
O que tenho eu de melhor trabalho com a força
Nas costas carrego duas vezes meu peso, a folha
Que vai servir, de alimento, tendo sorte não serei
Levada pelo vento
Com o tempo, eu aprendo, ser um operário dentro do
Formigueiro
O dia nem clareou e estou no trabalho um por todas
Todas por um nosso ato
Juntas, retiramos um obstáculo, que estava no caminho
Impedindo o itinerário
Todo dia, ando quilômetros todo dia, não me canso de
Ser útil, de serventia
Sei que a rainha nem liga pro meu esforço
Mas tenho que fazer por onde representar meu povo
A sorrir, a chorar, se cair levantar e caminhar
Pois num piscar de olhos a vida vai embora
Pois num piscar de olhos o corpo leva pólvora
Do pedreiro, do carpinteiro, do lixeiro, do
Barraqueiro
Do amarelo ao preto, do branco ao vermelho
Todos carregam a união do formigueiro
Em cima de uma árvore vejo a cidade, poluição
Poluição, mas como arde
AH! Infectando, o ar q eu respiro, começou a chover
Preciso de um abrigo
Com a terra molhada fez sumir a trilha, tenho que
Tomar cuidado com a minha vida
Um pisão em falso fico esmagada
Vejo uma sombra, estou preparada. Fui pisoteada não
Reclamei de nada
Só queria deixar, algumas palavras, ouviu ficou triste
Com a história?
HAM! Deixa o farelo de pão cair que as formigas vão a
Forra! vão a forra. vão a forra!
Caminhando assim, na solidão, com o peso em minhas
Costas ajudando os meus irmãos
Sigo a trilha, aos poucos vou vagando, destino
Formigueiro população se amontoando
Tempo certo é a hora certa, consegui comida, todo ruge
Toda forma vai um homem quer dizer a formiga, o preço
Que se paga resultado de uma vida, morrem afogados se
Alguém cospe lá de cima
Não é colméia, mas quem manda é a rainha. Um fala
Outro obedece não confunda com Brasília
A graça poética romântica dessa fita, no formigueiro
Todo mundo é igual
Enquanto humano o olhar te fuzila
Moço, parece coisa de louco, caminharemos todas e
Todas na humildade sem alvoroço
Manutenção do formigueiro através do rap trazer algo
Novo
E uma boa pros ouvidos e pras formigas um pedaço de
Bolo
Tardo, migo e crioulo, antena de ouro, invadindo a
Cesta de pão de algum vacilão que te causa nojo
Perder a paciência, quase perdi foi por pouco
Aprendi com as formigas que a união serve pra todos
[Encerramento x4]
For-migas façam meu trabalho aonde
For-migas façam meu trabalho aonde
For-migas façam meu trabalho for-for-mi-mi-gas-gas