[Letra de "Fome"]
[Intro: Murica]
Yeah
A vontade de querer ganhar seu espaço junto com seu bando
A vontade de rodar o mundo fazendo som é o que eu chamo de fome
Fome, Murica, 2000 e sempre
[Verso 1]
Nem divino, nem diabólico, psicodélico
Nem celeste, nem satânico, um pouco cínico
Meu bando vem do íntimo, do subterrâneo
Pesadelo dos tiranos, chama o síndico
Mais um vira-lata latino-americano
Boombap como religião
Urbana legião, uns vinte como eu
Poetas destinados a seguir na contramão
Doce e ambição
Novos fumos, rumos, ideias, skate na veia, morar com ela
Comer vivência e cagar na regra
E se não for pedir demais, inspiração pra escrever mais essa, peço
[Refrão]
E apesar dos tropeços
Me sinto vivo-o-o-o
Então, rezo e agradeço
Me sinto vivo-o-o-o-o
Vivo-o-o-o-o-o
[Verso 2]
Moleque, rap é afinidade com os traços
Não é só comprar a tinta, é intimidade com os quadros
E estar conectado com a raiz
É a vantagem de se andar descalço, então, queimem os sapatos
Vida simples inspira, a complexa mata
Se deixar invadir, a Babilônia te cata
Mas aqui não passa, eu tenho a benção de besouro
E no bolso, a navalha
Morreria pra escrever, matei minha razão
Eu comeria rua, passaria fome, escreveria pão
Sanidade? Loucura? Quem vai dizer?
Quem tem razão? Hein? Ahn?
[Refrão]
E apesar dos tropeços
Me sinto vivo-o-o-o
Então, rezo e agradeço
Me sinto vivo
E apesar dos tropeços
Me sinto vivo
Então, rezo e agradeço
Me sinto