Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Carminho
Se não sabes o que é fado
Sem ter sombra de pecado
Sem traições, corações aos baldões e paixões de vielas
Se não fazes uma ideia
Desta triste melopeia
Que nos alegra e por via da regra choramos com ela
Se não sabes como encanta
Quem o ouve e quem o canta
Quando se agarra a uma guitarra à luz do luar
Fado de um fado nascido
Um grito de espanto, um gemido
Vem ver Lisboa, como ela o entoa e o canta a chorar
Fado é amor
Que sobrou de algum queixume
Que se agarrou ao ciúme
E se embrulhou no seu manto
Fado é dor
É o meio-termo da vida
Nem esperança perdida
Nem riso, nem pranto
Se não sabes que a tristeza
Que nos prende e fica presa
Não é mais do que os sinais usuais d'alguns ais sem agrado
Se não sabes que a saudade
Que nos abre e nos invade
Só aparece quando não se esquece que também é fado
Se não sabes o que é esperança
Que não para, que não cansa
E é com certeza, tal como a firmeza um rasto de fé
Sonho de um sonho desfeito
Um gosto de um gosto perfeito
Que nos embala mas que não se iguala ao que o fado é
Fado é amor
Que sobrou de algum queixume
Que se agarrou ao ciúme
E se embrulhou no seu manto
Fado é dor
É o meio-termo da vida
Nem esperança perdida
Nem riso, nem pranto
Se não sabes o que é esperança
Que não para, que não cansa
E é com certeza, tal como a firmeza um rasto de fé
Sonho de um sonho desfeito
Um gosto de um gosto perfeito
Que nos embala mas que não se iguala ao que o fado é
Fado é amor
Que sobrou de algum queixume
Que se agarrou ao ciúme
E se embrulhou no seu manto
Fado é dor
É o meio-termo da vida
Nem esperança perdida
Nem riso, nem pranto