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[Intro: Shawlin]
Deixa que eu mermo faço, neguin
Deixa que eu faço, deixa que eu mermo faço, tá ligado?
Deixa que eu faço, deixa que eu mermo faço
Duvida? Duvida? Neguin, eu faço
Deixa que eu faço, deixa que eu mermo faço, duvida?
Deixa que eu faço, deixa que eu mermo faço
Eu mermo, eu mermo
Deixa que eu mermo faço
Junto com o Quinto Andar, é um esculacho
Então é um esculacho, deixa que eu mermo faço
[Verso 1: Shawlin]
Essa é minha meta de ano novo
O plano é outro, o mano é o mermo
O espaço é pouco, então todos ficam com um pouco menos
Se pouco eu tenho, um tanto venho conquistar
Vai tomar no cu pra lá, pra destilar seu veneno
Eu falo com a minha própria boca e eu nem tenho convênio
Falo as coisas certas se não espero na fila um milênio
Isso demonstra empenho, a mãe é Penha, o pai é Ênio
Na inteligência eu sou normal, na arte da vida eu sou um gênio
E à beira do precipício, isso aqui é só o início
Vocês sabem meu ofício, isso aqui é só um vício
Fazer rap há 10 anos, vagabundo, é difícil
Não comprei nenhuma casa e já mereço um edifício
Sou teimoso, não tenho uma personalidade fraca
Então se é o jeito, eu bato e bato até que o burro quebra a pata
Pra tu ver que quando eu chuto eu tento logo um gol de placa
E eu tô pouco me fodendo se o meu sucesso num emplaca
Pra Niquite eu pego um barco e não é isso que vai mudar
Então se eu levo a paz comigo eu tô sempre em um bom lugar
Não é bom julgar, então não me julguem em vão
Por que ninguém vem me ajudar, mas pra alugar tem um montão
Querem ver meu barco afundar pra eu me juntar ao bondão
Tá bolado por que eu sou novo mas só largo somzão?!
Pelo lado dos recalcados se acontece é bomzão
Mas faz tempo que eu não guardo ouro embaixo do colchão
[Refrão] 2x
Fazendo com as próprias mãos
E vivendo das próprias mãos
E andando com os próprios pés
Minha mente já tá pronta
Meus amigos são meus irmãos
Me mantenho longe do chão
Porque dedos eu tenho dez
Mas nenhum deles aponta
[Verso 2]
Eu faço com as minhas próprias mãos
Eu ando com as minhas próprias pernas
E colo com meus irmãos pra ter minhas lembranças eternas
Eu penso com a minha cabeça até ela ter enxaqueca
Pra encontrar uma saída antes que a minha chance se perca
Quero ver sonhos decolarem, medos irem por terra
Já que ninguém me ajuda, faço eu mermo a coisa certa
Ponho meus planos em prática, ao contrário de quem só espera
Por que o futuro tá vindo e em um segundo já era
Cada um com a sua realidade, a minha realidade é outra
Essas verdades que eu falo saem da minha própria boca
Tenho meu próprio nome mesmo que minha voz esteja rouca
Os meus valores me circundam igualzinho as minhas roupas
E já que eu sou sujeito homem, eu já errei e já aprendi
Já vi quem no perrengue some, eu já apanhei e já bati
Sem grana, cheio de fome eu já ranguei e já parti
Tá maneiro, quantos parceiro eu já banquei por aqui?!
Às vezes de desistir de tudo, não me falta vontade
O que eu consegui é meu, parceiro, e não foi por bondade
Vivendo a vida tenso, quase sempre em alta voltagem
Eu penso em derrubar os problemas com a minha própria coragem
Mas, calma invejoso, tem sorte pois sou humano
Eu não sou à prova de enganos mas não permaneço no erro
Bate palma, invejoso, se fode pois tô voltando
Se sou eu que tô errando pelo menos eu reconheço
[Refrão] 2x
Fazendo com as próprias mãos
E vivendo das próprias mãos
E andando com os próprios pés
Minha mente já tá pronta
Meus amigos são meus irmãos
Me mantenho longe do chão
Porque dedos eu tenho dez
Mas nenhum deles aponta
[Verso 3]
Muitas vezes perdi a conta do que eu já fiz sozinho
Pois quando se trata de união todos são estranhos no ninho
Me entranho na busca louca pra tentar ser o mundo todo
Quem sabe forçando meus limites descubro um mundo novo
Tornando uma longa história em curta, eu resumo do meu jeito
Contra tudo pelo que eu luto eu uso meu próprio peito
Sou quebrado e honesto e ainda dizem que eu sou festeiro
No meu estúdio eu sou arquiteto e assistente de pedreiro
Mas nego, se eu pego a manha tu me chama de engenheiro
Não por que eu quero, porque eu sou esperto e não tenho dinheiro
O que é meu tô construindo, o final ainda tá longe
E eu vou tijolo por tijolo, com a paciência de um monge
Eu tô correndo contra o tempo pra chegar não sei aonde
Naquela terra longínqua onde o êxito se esconde
Por que mesmo que eu pergunte o grande Deus não me responde
Então só resta eu trabalhar pra ver se não perco meu bonde
Em cima disso tudo faço de modo justo
Escrevo letra e produzo, melhor pra mim eu deduzo
Já que a rima flui mais minha nas bases que eu conduzo
Muita paz e humildade mas básico eu recuso
Chapado e recluso eu tenho tudo que a noite pede
Minhas base tão no Acid e as letra no notepad
Sou mais eu, sou 100%, inteiro, sem meio termo
Cansei de esperar ajuda, deixa que eu faço eu mermo
[Refrão] 2x
Fazendo com as próprias mãos
E vivendo das próprias mãos
E andando com os próprios pés
Minha mente já tá pronta
Meus amigos são meus irmãos
Me mantenho longe do chão
Porque dedos eu tenho dez
Mas nenhum deles aponta