A essência faz-nos mergulhar no infinito
Numa linha em declínio em busca de algo bonito
Acompanhados, sozinhos não sabemos ser
Aquele ser imaculado um pouco feio de se ver
Passeados num lugar que não devia ser passado
Estou apertado num apartado figurante num seio pesado
E longe de tudo, encontrei-me tão perto do nada
E com nada me encontro encerrado nesta jornada
Vejo uma mãe que chora uma família trocada
Sente as dores de um corpo estranho quе ela própria criara
E lã vestida a rigor coabita na solidão praticada
A ruína ainda não chegou е já se sente arruinada
Capaz de que?! Enfim capaz de nada
Vive os desprazeres de uma vida e grita, já não sinto nada
Mas já não canto com grito eu berro, esperneio e espanco
Muda, muda, muda mas não mudes assim tanto
Refrão:
Oito anos, uma ponte ficou a separação
Eu cresci tornei-me um homem fruto da emigração
Duas almas dois espelhos duas terras proferidas
Sete rios de afecto que congelam duas vidas (bis)
(Bridge)
Eu não quis ficar para trás.... para trás...
Não esmoreças o teu sorriso ao ver chegar uma despedida
Por cada lágrima que te levam tu ganhas uma nova vida
Vais da concepção ao feto filiar o imaginário
Defines a realidade no mais belo dicionário
Sem saberes uma palavra porque a escola só foi de vida
Sem divida para comigo ficaste na hora na despedida
Com 13 velas maturas eu despi de preconceito
Dei-te a beber as minhas lágrimas chorando no teu peito
O respeito ali morreu abracei-te com revolta
E num mundo que nem sempre gira tu só deste meia volta
Ficaste a meio do meu quarto sem abrires o meu armário
Deste-me a palavra esperança quando eu só queria o contrário
Queria o pó dos meus tormentos em momentos de aprendizagem
A força da tua mão para poder fazer a passagem
Um sopro no meu ouvido movido o tempo inteiro
Queria um abraço diário como sendo o derradeiro
Refrão:
Oito anos, uma ponte ficou a separação
Eu cresci tornei-me um homem fruto da emigração
Duas almas dois espelhos duas terras proferidas
Sete rios de afecto que congelam duas vidas (bis)